• ꒰ Chapter 24 • There's something wrong.꒱ ˎˊ˗ •

1K 93 81
                                    

Sabina Hidalgo.
• 05 de novembro de 2019
Orlando, USA.
Disney’s Grand Floridian Resort & Spa.

Havíamos chegado no hotel a cerca de uma hora e eu sentia minha cabeça prestes a explodir enquanto fazíamos o check-in. Noah e meu pai não chegavam em nenhum consenso, e a discussão do momento se deu pelo fato de que, como meu namorado, Noah queria um quarto privado para nós dois. Disse ao meu pai que pagaria por isso, mas Fernando odiou e insinuou que Noah estava usando a mim, uma pessoa que aparentemente meu pai achava ser um brinquedinho de Noah e ingênua, para se satisfazer. Senti repulsa logo que ouvi isso sair da boca dele, e tive que ser rápida para me enfiar no meio dos dois antes que saíssem real na porrada. Os funcionários do hotel não sabiam o que fazer, e eu estava encurralada entre aqueles dois sem noção. 
Irritada com ambos, cheguei ao meu limite e tomei a decisão que eu escolheria como seriam os quartos e, obviamente, a ideia de Noah era muito mais satisfatória ao meu ver. Assim sendo, meu pai ficaria em um quarto, e eu e Noah em outro. Meu namorado amou que eu tomei a frente das decisões, e enquanto passava um braço pela minha cintura, lançou um sorriso debochado na direção do meu pai. Quis rir, mas me conti. Com as chaves dos quartos em mãos, seguimos nosso rumo em direção aos elevadores. Meu pai apertou o terceiro andar, enquanto eu e Noah fomos para o quinto. Nem ferrando que eu pegaria um quarto próximo ao do meu pai quando estava pretendendo me divertir com meu namorado durante a noite. 
Assim que entrei no quarto ao lado do meu namorado, soltei um suspiro contente. Era enorme. Uma cama king, onde devia caber umas cinco pessoas, se encontrava bem no meio do quarto, logo em sua frente, uma cômoda com uma TV sobre ela, pregada na parede, e um frigobar localizado de maneira estratégica. Ao lado dessa cômoda, um sofá-cama. Já do outro lado, onde estava a cama, havia duas mesinhas de cabeceira, uma em cada ponta, e uma penteadeira, que ficava próximo a uma porta dupla de vidro, que dava para uma pequena varanda particular. Eu estava maravilhada com o aposento.
Mas de repente, senti um aperto no peito e me lembrei de algo que vinha me atormentando desde o momento em que meu pai e Noah se encontraram. Havia algo estranho, maldoso, no olhar do meu pai enquanto observava eu ao lado do meu namorado. Ele estava, definitivamente, aprontando algo. E eu tinha que descobrir o que era. 

— Saby, está tudo bem? — Despertei dos meus devaneios com a voz de Noah. Ele estava logo atrás de mim, mais próximo a porta enquanto observava minhas costas. Definitivamente, as coisas não estavam bem.

Girando nos calcanhares, fui até o corredor, conferindo se não havia alguém e então fechei a porta, indo até a cama. Noah me seguiu, me observando de maneira preocupada enquanto eu me sentava no colchão macio. Suspirei, levantando os olhos para o olhar. Percebendo que eu estava preocupada, meu namorado se sentou ao meu lado, segurando delicadamente minhas mãos e levando à esquerda em direção ao seu lábio. Ele a beijou, e por um momento eu esqueci o que estava me afligindo, mas logo retomei minha postura, encarando o par de olhos verdes.

— Tem algo errado. — As palavras saíram trêmulas da minha boca.

— Como assim, princesa? — Questionou calmamente, subindo as mãos para o meu rosto e acariciando minhas bochechas com seus polegares. 

— Meu pai aceitou tudo fácil demais, Noah. — Eu não estava confiando na aceitação do meu pai em relação a tudo. — Ele nunca aceitaria isso assim. Quando ele chegou na escola, seus olhos estavam me prometendo uma bela punição, e mesmo quando ele estava falando que queria me ver feliz, havia um quê de maldade em sua voz. — Eu falava tudo de maneira apressada e assustada. 

— Saby… Está tudo sob controle! — Neguei, me levantando da cama e começando a andar de um lado para o outro. 

— Não está tudo sob controle, Noah! Meu pai, o homem que prometeu me silenciar caso eu saísse da linha, e deixou bem claro que havia coisas piores do que a morte, nunca aceitaria que eu estivesse namorando seu rival. — De repente, Noah estava em minha frente, segurando cuidadosamente os meus ombros.

» I Can't Love You ˎˊ˗ ࿐°Onde histórias criam vida. Descubra agora