• ꒰ Chapter 60 • I'm sorry꒱ ˎˊ˗ •

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Noah Urrea.
• 28 de junho de 2022
Orange, USA.
Hospital.

Haviam se passado três horas desde que a médica levou a minha esposa. Três angustiantes horas enquanto eu esperava alguma notícia. Qualquer notícia. Meu celular estava em meu bolso e ele simplesmente não parava de tocar, com ligações e mensagens da minha mãe, de Linsey, Tyler, Any, Josh e Collin. Provavelmente algum deles abriu a boca sobre o que estava acontecendo e em algum momento eu teria que dar sinal de vida.

Me levantei da cadeira em que estava sentado e caminhei até a cafeteria, pedindo uma xícara do café mais forte que eles tinham. Enquanto esperava, meu celular tocou mais uma vez e eu respirei fundo, decidindo que precisava falar algo para eles, mas que isso não aconteceria agora. Tomei meu café com um único gole, fazendo uma careta ao sentir o gosto amargo.

— Noah. — Me virei rapidamente ao ouvir a voz familiar da doutora. — Ela está descansando. — Falou, entrando comigo no elevador e apertando o oitavo andar. Minhas mãos tremiam e eu me sentia extremamente culpado.

— Estão todos bem? — Perguntei, receoso enquanto caminhávamos pelos corredores até chegar no quarto em que Sabina estava.

— Os trigêmeos estão bem. Fizemos exames de monitoramento e ainda estamos fazendo, mas eles não apresentaram nenhuma intercorrência até o momento. — Ela falou, abrindo a porta e me dando visão da minha esposa. — Já os exames de Sabina voltaram extremamente alterados. — Murmurou, enquanto eu me aproximava da maca.

— Mas é ruim assim? — Perguntei, me sentando na poltrona e estendendo a mão até seu rosto, acariciando as bochechas pálidas de Sabina, que sequer fez menção de despertar com o toque.

— Ainda não, mas pode evoluir para algo mais sério e ela pode sofrer um aborto. — Suspirou, caminhando até as bolsas de medicamento e as analisando. — Por enquanto ela está estável, mas vamos deixá-la em observação pelos próximos dias. — Isso chamou a minha atenção.

— Dias? Mas ela está estável. — A olhei e ela suspirou, negando. — Doutora, não posso deixá-la em um hospital por dias com tudo o que está acontecendo. — Murmurei, preocupado.

— Noah, estamos a mantendo com calmantes e ela pode ter alguma coisa nos próximos dias que não vai dar tempo de reverter se demorarem demais para vir ao hospital. Sei que tá difícil, mas a saúde dela está extremamente debilitada nesse momento. Não posso correr o risco de você levá-la daqui e algo acontecer. — Falou firme.

— E eu não posso correr o risco de ela sofrer um ataque aqui. O hospital tem muita rotatividade de pessoas, enfermeiras trocando de turno, visitantes e pacientes entrando e saindo. — Falei e ela respirou fundo.

— Então vamos fazer assim, ela fica aqui. Eu vou ser a única funcionária do hospital a entrar e sair do quarto… mas ela precisa ficar em observação e isso não é uma coisa a ser discutida, Noah. — Passei a mão no cabelo e assenti — Eu avisei ao Tyler na última consulta que os exames já estavam começando a dar alterados e que ela não podia passar por nenhum estresse. — A encarei.

— Ao Tyler? — Questionei, a raiva escapou em meu tom. Sabina tinha contado ao Tyler? Ele a acompanhou na porcaria das consultas?

— Noah. — O tom da médica era de alerta. E eu respirei fundo, lembrando da briga que tive com Sabina a algumas horas. Precisava me acalmar. Precisava a apoiar e não brigar com ela por um motivo idiota novamente.

— Desculpa. — Resmunguei e ela negou, respirando fundo.

— Noah, a Sabina quase teve um aborto. Ela precisa de você ao lado dela nesse momento e não tendo ataques de raiva que vão a deixar mais estressada. — Fechei os olhos, imaginando como Sabina ficaria se tivesse perdido um dos bebês… ou todos. Ela ia ficar devastada e a culpa seria minha. De novo.

» I Can't Love You ˎˊ˗ ࿐°Onde histórias criam vida. Descubra agora