Sabina Hidalgo.
• 26 de outubro de 2019
Los Angeles, USA.
Hospital.Acordei com mãos frias mexendo em mim, e em seguida senti uma queimação em minhas veias. Me sentindo fraca, com um pouco de dor de cabeça e dor no corpo, abri os olhos, encarando o par de olhos azuis que me olhavam. Eu não conhecia o dono, que vestia um jaleco branco e tinha um sorriso fraco nos lábios.
Ele murmurou algo, mas sua voz estava longe demais, nem consegui entender. Havia um "pi pi pi" que me deixava desnorteada e a dor de cabeça não permitia que eu virasse ela para ver o que se passava ao meu redor, e então eu percebi que estava no hospital. Suspirei.
Eu realmente odiava desmaiar e acordar em um lugar completamente diferente, com dores, queimações nas veias e dor. Era horrível, e na grande maioria das vezes significava que eu teria de aguentar o meu pai, o que era pior ainda. Mas dessa vez foi diferente, não eram as mãos pesadas do meu pai que faziam um carinho em meu rosto. Era uma mão suave e que me acariciava com delicadeza.
Com um pouco de esforço, respirei fundo e virei a cabeça. Meus olhos se encontraram com seus lindos olhos verdes, e eles transbordavam de preocupação. Assim que ele viu que eu o olhava, sorriu, se aproximando lentamente e beijando suavemente a minhas testa.— Você me deixou preocupado, princesa. — Ele disse com sua suave voz, afastando o cabelo do meu rosto e tocando a minha bochecha.
— O-O que houve? — Perguntei, sem conseguir lembrar exatamente o que aconteceu antes de eu desmaiar. Noah suspirou e olhou para o médico, que ainda estava no quarto e terminava de aplicar a medicação.
— Vou deixar vocês conversarem. Volto daqui a pouco. — O homem de olhos azuis disse, tocando levemente meu ombro e saindo do quarto. Suspirando, apoiei as mãos no colchão da cama de hospital e tentei me sentar, mas eu estava fraca para isso.
— Opa. Deixa que eu te ajudo, princesa. — Noah se levantou da poltrona em que estava sentado, vindo em minha direção e me ajudando a sentar. Ele aproximou seu rosto do meu e beijou meus lábios, acariciando meu rosto. — Nunca mais me dê um susto desses, Sabina. Não sabe o quanto fiquei preocupado. — Disse contra meus lábios, beijando minha testa em seguida.
— Desculpe… — Suspirei. — Eu não consigo me lembrar do que houve antes de desmaiar. Pode me contar? — Perguntei e ele confirmou, se afastando um pouco e pegando as minhas mãos.
— Você passou a semana sem comer direito, Saby. Começou a passar mal, provavelmente vomitou e estava com muita dor de cabeça. — Tive uma vaga lembrança dos dias anteriores e suspirei. Ele tinha razão.
— O que isso tem a ver, N? — Perguntei, receosa. Ele suspirou, apertando cuidadosamente minha mão esquerda, já que na direita estava o acesso onde aplicavam os medicamentos.
— Você tentou contornar a situação tomando analgesicos. Os tomando várias e várias vezes já que não estava tendo resultados. Eram remédios muito fortes, princesa. — Suspirei, sabendo onde ele iria chegar. — Você quase teve uma overdose, Sabina. Por muito pouco. — Falou e eu abaixei a cabeça.
— E meu pai? — Perguntei, olhando ao redor e vendo que ele não estava ali.
— Ele não vem, meu amor. Simon tentou a falar com ele, mas seu pai está inacessível. Eu sinto muito, okay? — Falou, segurando meu rosto. Neguei.
— Por que está se desculpando, N? Eu não preciso do meu pai, eu só preciso de você, e você está aqui. — Falei, abrindo um leve sorriso e apertando sua mão. — Obrigada por me salvar, de novo. E me desculpe… — Foi a sua vez de negar.
— Eu só quero que quando estiver se sentindo mal, me avise. Eu não posso te perder, princesa. E se continuar escondendo quando não está bem, pode acabar resultando em algo mais sério. — Pediu e eu suspirei, sentindo ele me abraçar fortemente e beijar minha testa.
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» I Can't Love You ˎˊ˗ ࿐°
Fanfiction⁞ '✎ Tudo ia bem na vida de Sabina Hidalgo, apesar de ser filha do chefe de uma das maiores gangues dos Estados Unidos, ela nunca teve qualquer problemas, e sempre conseguiu viver como uma "adolescente normal". Até que se apaixona por Noah Urrea, o...