Capítulo 90

6.6K 410 194
                                    

Maju 1/3

Eu sei que eu demoro pra me arrumar pra sair, mas o Pedro... puta merda! Parece uma noiva de tanto que demora. Qual a necessidade, gente? Não tem maquiagem pra passar, não tem cabelo pra arrumar... Era só tomar um banho e vestir uma roupa, mas não, ele tem que demorar mil anos e trocar de roupa mil vezes até decidir -como quase sempre- por uma roupa preta. Deus me ajude!

Fiquei rolando o explorar no insta até que finalmente o Pedro desceu do segundo andar pra sala todo arrumadinho e cheiroso. Dei aquela secada nele porque o bichinho tava era gato, viu?! Pelo menos a demora vale a pena.

— Bora? —perguntou se aproximando do sofá que eu estava sentada. —Que foi? Tá me olhando assim por que?

Perguntou meio rindo.

— Nossa... — o olhei de cima embaixo — Se você quiser, eu quero hein!

—Poxa, foi mal, tenho namorada! —falou ajeitando a manga da camisa.

— Sorte a dela então! — entrei na brincadeira.

—Eu também acho! Namorado bonitão desses... — falou de forma convencida e eu rolei os olhos antes de jogar a almofada nele que a pegou no ar

—Cara você é muito convencido, pelo amor de Deus! Que ódio. — falei entre risadas e me levantei do sofá indo até a poltrona ao lado pra pegar minha bolsa que estava ali.

Escutei a risada dele e logo senti a presença dele atrás de mim.

—Para caralho, eu tô brincando! —ele também ria enquanto tentava, sem sucesso, me puxar pra ele pela cintura

—Eu sei, mas se eu te der confiança a gente não sai dessa casa. —Peguei minha bolsa, pendurei no ombro e só então me virei pra ele. — E a Liz já me mandou mil mensagens pra saber a hora que a gente vai sair.

—Bora meter o pé logo então. — selou nossos lábios e deu um tapinha fraco na minha bunda antes de se afastar e tirar a chave do carro de dentro do bolso da calça dele.

Me despedi da Dulce e nós partimos lá pra casa. Quando cheguei em casa, meus pais estavam no Bistrô e o Marcelo tinha ido na casa da Priscilla buscar ela, eles sairiam de lá mesmo. Não demorei muito no banho porque o Pedro tava me apressando pra caramba do lado de fora do banheiro. Saí do banho e vi o Pedro na varanda da sala falando no telefone aparentemente com o Rodrigo. Ele não notou que eu tinha saído do banheiro e eu segui direto pro meu quarto pra arrumar meu cabelo e fazer alguma coisa decente e rapidinha na cara.

Na pressa, eu só abusei do rímel, passei um lip tint e caprichei no delineado coloridinho que estava sendo meu xodó nos últimos tempos, depois só borrifei meu perfume e joguei meus documentos na bolsa antes de sair do quarto.

Pedro ainda estava no telefone, mas enquanto eu guardava meu celular na bolsa observei ele desligar a ligação com o Rodrigo e vir na minha direção me olhando de cima a baixo

—Que foi? —perguntei

—Porra, gata desse jeito a gente nem sai dessa casa hoje...— ele abriu um sorriso malicioso e se aproximou dando um cheiro no meu pescoço.

—Ah tá! —ri e me esquivei um pouco dos beijos que ele me dava pela região do pescoço— Já te disse que a vida não é um morango. Tu não cansa não?

Ele riu e segurou meu rosto pelo queixo.

—Difícil cansar de você, Maju. —deu uma mordida fraca no meu lábio inferior e graças ao bom Deus eu estava muito afim de curtir meu pagode, se não...

—Você não vai me convencer, desiste!— dei um selinho nele antes de me afastar e escutei ele estalar a língua.

Pedro deixou o carro dele lá perto de casa e nós partimos de Uber mesmo, porque a gente estava afim de beber então não iria rolar de voltar dirigindo.

Chegamos no ALL Black bem rapidinho, demoramos mesmo foi pra achar o pessoal ali porque estava cheio pra caramba. Mandei mensagem no nosso grupo do Whats e logo o Rodrigo respondeu que eles estavam perto da porta principal. Encontramos o pessoal e a Morgana já estava segurando uma garrafa de catuaba na mão e o copo cheio na outra, e o resto do povo já estavam bebendo também.

—Cheguei hein! —Pedro anunciou quando nos aproximamos do pessoal e já foi cumprimentar o pessoal, e bebendo do copo do Rodrigo.

—E aí, gente! —falei ao me aproximar deles e cumprimentei todo mundo ali, até chegar na vez da Liz que eu puxei mais pro canto.

—Nem me esperou pra iniciar os trabalho hein, vaca! — fiz uma expressão de quem estava chateada e já catei o copo da mão dela pra beber sentindo a catuaba queimar um pouco minha garganta.

—Ai amiga, vocês demoraram demais! Essa é a segunda garrafa que a gente abre esperando vocês chegarem aqui.

—Aposto que estava dando! —Morgana surgiu aleatoriamente do nada e soltou uma dessas. Eu só ri porque já estava acostumada com a Morg falando sobre sexo e afins 90% do tempo dela.

—Gente, o Pedro demorou mais que eu pra sair de casa tá?! E outra, vocês viram como tá pra achar vocês aqui? Só Jesus.

—Eu sou a melhor amiga que vocês têm na vida e quem não concorda é porque não tem minha amizade! — a voz da Priscilla surgiu e eu olhei pra trás vendo ela sair de dentro do bar balançando algumas pulseirinhas de cortesia no ar. —Partiu entrar de graça?

Pessoal se agitou e nós fomos entrando. O pagode de fato ainda não tinha começado, mas estava tocando umas músicas gostosinhas do som no palco. Nada muito alto, perfeito pra gente curtir o som sem precisar conversar gritando um com os outros. A Priscilla tinha arrumado uma mesa com um sofazinho meia lua pra gente e nós fomos nos sentar lá, mas os meninos ficaram decidindo o que eles iriam beber.

—Amor, —Pedro chegou por tras de mim, eu virei meu rosto pra olha-lo e ele abaixou na altura do meu rosto —Vou lá no bar com o Rodrigo, vai querer alguma coisa?

— Traz uma caipirinha pra mim, por favor.

Ele só assentiu e me deu um selinho antes de sair em direção ao bar.

—E o Gui, amiga? Vem? — perguntei pra Liz

—Pelo amor de Deus que ele vem né gente?! —Morgana logo se ligou no assunto— eu não passei três fucking horas me arrumando pra ficar gostosa pra caralho e esse homem não me aparecer aqui!

Ela falou com certo desespero na voz fazendo com que eu, Liz e Priscilla ríssimos do seu jeito exagerado.

—Que desespero é esse, mulher? Socorro. —Pri perguntou ainda rindo

—Desespero nenhum amiga, mas desde aquele show da tardezinha que eu vivo pra sentar naquele homem de novo. — ela falou naturalmente.

Foi quase imperceptível, mas eu consegui reparar no incômodo que isso causou no Hugo. Se eu não pegasse tanto as coisas no ar, talvez nem tivesse notado assim como as meninas não notaram.

—Ele me mandou mensagem dizendo que ia passar lá em casa pra deixar as coisas e vai vim de Uber. Daqui a pouco ele tá aí.

O assunto foi mudando até que os meninos chegaram lá com as bebidas. Notei que o Marcelo estava mais quieto que o normal e me aproximei dele tentando disfarçar.

—Climão de enterro é esse entre você e a Pri? —perguntei e misturei minha caipirinha com o canudo antes de beber. Estava bem gelada e docinha do jeito que eu gosto.

Ele olhou na direção dela e depois de observar que a Priscilla não estava olhando pra gente ele me respondeu.

—Papo reto? Acho que a gente vai terminar.

Daqui a pouco sai a continuação 💖

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Daqui a pouco sai a continuação 💖

Minha Melhor VersãoOnde histórias criam vida. Descubra agora