Maju
Ficamos trocando uns beijos e carinhos entre uma conversa e outra dentro do carro. O tempo parece que passou voando e quando eu olhei pro outro lado da rua, meu irmão estava ajudando minha mãe a colocar as mesas e cadeiras pra dentro do bistrô. Só então eu percebi que eles estavam quase fechando e que eu teria que estar em casa antes deles.
—Pedro, tenho que subir... —disse fazendo um carinho no rosto dele que estava apoiado sobre meu peito e com os braços em volta da minha cintura.
Ele se afastou o suficiente pra me olhar com aquela cara de cachorro sem dono.
—Porra, já?! —eu assenti com a cabeça—Vai nem me convidar pra subir? —fez graça e deu um sorrisinho
—Ta achando que a vida é um morango, é? Se situa. —eu ri e ele deu uma risadinha vindo agarrar minha cintura de novo.
—Tu brinca demais, que isso... —deu um cheiro no meu pescoço me fazendo arrepiar um pouco —Mais cinco minutinhos, então?! — ele perguntou meio abafado por estar com a boca no meu pescoço e foi subindo até alcançar a minha boca. Primeiro ele me deu um selinho e depois puxou meu lábio pra ele e iniciou mais um beijo. Ele fazia um carinho gostoso na minha cintura enquanto aprofundava o beijo.
—Hmm, é sério —falei meio ofegante ao partir o beijo— eu tenho que subir antes deles.
Ele parecia ligar zero para o que eu tinha dito porque no segundo seguinte ele chupou meu lábio novamente e me beijou. Acabei sorrindo entre o beijo e me deixei levar até escutar a porta o barulho da porta do bistrô descendo e me afastei dando um selinho nele.
—Ta —ele voltou pro banco dele e olhou em direção ao bistrô que estava com o porta de rolar abaixada até pra baixo da metade — agora tu pode ir.
—A tá —ri fraco— não é mais abusado por falta de espaço né?!
—É o que dizem... —respondeu debochado e eu neguei com a cabeça. —Te vejo amanhã?
—Vou olhar na minha agenda, se não tiver nada mais importante pra fazer, eu te falo. —brinquei
—Nossa, como ela tá engraçadinha! — falou com a voz afetada e deu uma risada sarcástica. Eu estava abrindo a porta do carro quando ele segurou meu braço me fazendo olhar pra ele, que me roubou um selinho. —boa noite, Boladinha.
Eu ri fraco pelo apelido ridículo, mas não ia adiantar eu falar nada porque o Pedro quando quer tirar minha paz ele consegue sem esforço algum. —Boa noite, Peu.
Ele sorriu e eu saí do carro, escutei o barulho do carro dele saindo assim que eu cheguei do outro lado da calçada. Ele buzinou e eu subi pra casa.
Pedro
Domingo passou tranquilo, mas choveu o dia inteiro. Papo reto, parecia que a cidade ia se acabar em água de tanta chuva que caiu. Resumindo, não pude nem pôr a cara pro lado de fora de casa e fiquei o dia inteiro no tédio. Conversei com a Maju até ela ir colocar a matéria em dia, troquei umas mensagens com os moleques e fiquei jogando PS4 quase o dia inteiro.
Segunda-feira a rotina voltou, e eu segui pro colégio. Cheguei uns cinco minutos antes do sinal e avistei o pessoal no pátio, na mesa em frente a cantina. Antes de eu chegar lá, a Sofia chegou em mim.
—Ainda bem que voce veio. Eu nem te agradeci direito por você ter me levado em casa esses dias. — ela falou.
—Ta tranquilo, Sofia. — respondi e fiz menção de sair, mas ela acompanhou meu corpo continuando na minha frente.
—Na boa, eu achei que você ia parar de ficar me evitando assim. Da pra você parar de agir feito um babaca comigo?
—Sofia —suspirei— não é porque eu te dei uma força quando tu precisou que eu esqueci as coisas que tu falou e fez. Babaca eu seria se eu ficasse alisando tua cabeça. Porra, tu não é mais criança não.
Ela rolou os olhos e bufou.
—Eu não vou pedir desculpas pra sua protegida. Esquece.
—O foda não é nem você não querer se desculpar, é você não ter se arrependido e agir como se não tivesse feito nada demais, como se estivesse certa. Eu te considero pra caralho, mas essas suas atitudes me fazem não querer nem te olhar na cara.
— Porra, Pedro você sabe que eu sou a pessoa mais orgulhosa do mundo, eu não vou conseguir ir lá pedir desculpa pra ela.
—Eu não tô te forçando a nada, Sofia. E nem quero. Só não me pede pra agir contigo como se nada tivesse acontecido porque falsidade eu não aturo e tu sabe disso.
O sinal ecoou pela caixa de som do colégio e eu saí dali. A Sofia tava com uma expressão meio triste e eu até ficava mal de ser tão direto com ela que já me ajudou em várias paradas, mas eu simplesmente não conseguia achar normal ela falar e fazer o que fez a troco de nada e achar que estava tudo bem.
Eu caminhei até o pessoal que já estava indo pra sala, cumprimentei geral. A Maju estava de papo com a Pri mais pra trás, eu passei o braço pelo ombro dela que virou meio assustada, mas logo suavizou quando viu que era eu e sorriu.
Porra, eu esquecia da porra toda só com aquele sorriso. Desgraçada linda.
Boa leitura, nenes! Logo menos eu volto ♥️
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Minha Melhor Versão
Teen Fiction+14 completa! Por favor, não me encare tão friamente durante esse dois segundos eternos, porque sinto que me desvenda em cada milímetro. Está lendo as minhas entrelinhas, minhas fugas e receios. Você abre as fechaduras que eu tranquei com tanto cui...