Capítulo 43

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Eu achava que eu era de gelo e que o meu coração era pedra
Sua fragilidade tem força, pois de alguma forma me quebra.
Ela tem o jeito que me faz pensar que mundo ainda tem valor e que o amor faz sentido
Tu deixou bem mais que um bilhete, Seu sorriso é um tiro, então mire
Eu achava que eu tinha um colete, mas tu sempre aumenta o calibre 🎵

MAJU

Tinha chegado morta da ONG, Pedro não precisou ir hoje e o trabalho pra mim foi dobrado. Ele tem me aliviado bastante com a divisão de tarefas com as crianças. Falando em Pedro, a gente não se falava desde ontem depois daquele papo tenso sobre os pais dele. Ele também não tinha ido a aula, até mandei uma mensagem de aniversário, mas fui esquecida no churrasco porque ele ignorou real.

Tomei um banho, vesti só um top e um short porque ja eram quase sete da noite, mas o calor era o mesmo do meio dia. Comi uns biscoitos e tomei um copo de nescau, me joguei na cama e tirei um bom cochilo. Acordei assustada com a minha mãe me chamando pra jantar e só então percebi que meu cochilo tinha durado quatro horas, fui jantar onze horas da noite, escovei os dentes e voltei pra cama, mas não consegui dormir de imediato. Por isso que eu não gosto que me acordem, eu perco o sono total depois que desperto não importa a hora que seja.

3:30 da manhã e eu ainda estava assistindo netflix, sem sono algum. Quando acabou o filme e desliguei o notebook e fui me forçar a dormir, meu celular começou a tocar alto pra caramba e eu vi o nome do Pedro brilhar na tela, estranhei mas atendi.

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Eu: Alô?

Pedro: Maju?

eu: Oi Pedro.

Pedro: Po, eu sei que é estranho, mas tu topa descer pra dar uma volta comigo agora?

Eu: Descer?? Onde você ta?

Pedro: Olha da janela.

Eu dei um pulo da cama e puxei a cortina da janela. Lá estava o carro dele do outro lado da rua

Eu: Você ja viu que horas são?

Pedro: Ja, mas eu to precisando dar uma respirada... rodei, rodei de carro e quando vi tava aqui em frente a tua casa.

um sorriso bobo surgiu sem querer nos meus lábios

Pedro: Maju? Ta aí?

Eu: To, vou descer. Espera um pouco.

Pedro: Falou

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Prendi meu cabelo num coque vesti uma blusa maior e saí sem fazer muito barulho, quando fechei o portão ele baixou o vidro fumê do carro. Atravessei a rua e abri a porta do carro me sentei no banco do carona em seguida.

-Oi -ele disse meio baixo

-Oi. -respondi, ele ligou o carro e arrancou- Posso saber pra onde estamos indo?

-Ainda não! -respondeu simplesmente e continuou.

O caminho foi curto e o silêncio só não foi total por causa da musica que tocava no carro. Pedro estacionou numa vaga em frente a praia e nós descemos.

A praia tava estava vazia e o vento estava bem gostosinho. Nós caminhamos na areia até o finzinho da praia onde tinha umas rochas grandes e o Pedro me ajudou a subir numa maior, onde nós sentamos. As ondas quebravam na pedra bem abaixo de nós

-Por que eu?- quebrei o silencio e olhei pra ele que fitava o mar. Ele deu de ombros e apoiou as mãos nas pedras inclinando o corpo um pouco pr trás

-Não sei. Foi o que eu disse, quando vi tava em frente sua casa!

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