Capítulo 54

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MAJU 💕

Ainda não era nem 13:00hr e o meu dia já estava puxadíssimo. Passei a manhã inteira me dividindo entres duas delegacias resolvendo os BO da vida adulta. Como se não bastasse o constrangimento que eu passei por conta daquelas fotos, ainda tive que ouvir insinuações do delegado do tipo "você tem certeza que não quis que eu seu namorado tirasse essas fotos, ou que não tinha ciência de que ele estava fazendo isso?" .

Mulher tem sempre que se virar nos trinta pra provar que é vítima de alguma coisa. O desleixo e machismo do Sr delegado comigo fez minha paciência ir pra puta que pariu, e o meu pai quase foi preso por desacato quando me defendeu.

Por fim, minha mãe achou melhor irmos até uma delegacia da mulher, onde graças ao bom Deus, fomos atendidas com muita atenção e pudemos enfim denunciar tudo que tinha me acontecido. A investigação foi aberta, e Cadu teria que se apresentar dentro de alguns dias e a Sofia também, afinal eu também denunciei a bonita.

Quando enfim eu desci do carro do Marcelo em frente de casa, meu coração chegou errar a passada ao reconhecer de cara a ranger rover vermelha estacionada ali com um guri carinha de quem fode meu psicológico encostado na lataria.

Pedro abriu um sorriso assim que me viu se aproximar dele.

— Tá fazendo o que aqui? — guardei meu celular no bolso traseiro da minha calça

—Vim te sequestrar.

—Nem me falou nada, cara. E se eu não chegasse agora? -ri

—Tu já viu alguém mandar mensagem antes de sequestrar a pessoa? —ele riu e eu acabei rindo também— E aí, bora?

—Vou falar com a minha mãe rapidinho. —respondi e vi crescer um sorrisinho vitorioso nos lábios dele enquanto ele concordava com a cabeça.

Conversei com a minha mãe que me quis fazer mil e uma perguntas, mas dei uma engabelada.

—Posso saber o destino, pelo menos? — perguntei prendendo o cinto de segurança

—Relaxa aí. — ele respondeu e deu partida. Abusadissimo sim.

Eu liguei o som do carro dele e adivinha, estava tocando pagode. Ele me olhou na mesma hora com cara de enjoo, o que me fez rir, mas ele só balançou a cabeça e não falou nada. Aquele caminho eu já conhecia de cor, tinha quase certeza do destino e tive a confirmação quando ele manobrou na vaga de sempre em frente a praia.

O tempo estava bem fechado e ventava um pouquinho trazendo um ar gélido do mar. Tava com cara de que iria chover mais tarde, então a praia estava bem vazia, só tinha um pessoal jogando futvolei. Nós caminhamos até as pedras no fim da praia e eu me lembrei quando ele comentou a paz que sentia aqui, na primeira vez que me trouxe nesse mesmo lugar.

Nós sentamos na rocha maior enquanto observava o mar quebrando logo abaixo.

—Como foi lá hoje? — ele perguntou.

—Tenso... Só quero que isso acabe sabe?! Que eu não precise lidar com esse assunto mais.

Ele assentiu.

— O primeiro passo pra isso acabar você deu, denunciou. Isso vai passar... Cê vai ver.

Acho que ele notou que eu estava sentindo um pouquinho de frio e tirou o moletom dele me entregando em seguida.

—Precisa não. Pode ficar.

Ele deu uma risada.

—Vai ficar se fazendo? Tá toda arrepiada aí, po. Toma. —me estendeu o moletom e eu aceitei, vestindo logo em seguida.

— E você?

—Me esquento de outro jeito. —Piscou e antes que eu me desse conta ele passou a mão aí redor do meu corpo, me puxando pra ele e eu descansei minha cabeça no seu ombro. —Moletom pra que, pô?! Muito melhor.

Ele não tocou mais no assunto fotos/delegacia e eu agradeci mentalmente por aquilo. Eu morreria se tivesse que falar mais sobre isso por hoje.

Pedro soltou uma playlist de rap acústico no Spotify do celular e nós ficamos ali abraçadinhos escutando as músicas que volta e meia ele cantarolava algumas e desafinava de propósito só pra me fazer rir.

—Eu gosto quando tu me traz aqui. —Confessei e ele desencostou a curva do pescoço da minha cabeça pra me olhar.

—É? Por que?

—Ah sei lá —ri sem jeito— Aqui é um lugar especial pra ti, é meio que o seu lugar sabe?! Eu gosto.

—Pode ser nosso lugar também. Vou gostar de vir aqui pra ficar contigo.

Gente, Eu acho que esqueci como se respira!!!

Ele olhou pra minha boca e eu senti ela secar.

—Para de me olhar assim, por favor. —ri e empurrei o rosto dele devagar pra desviar o olhar dele e ele riu

—Por que? Tu não resiste? — ele perguntou voltando a me olhar, mas dessa vez nos olhos.

—To resistindo até agora. —Quando percebi o que tinha falado já era tarde demais. Ele deu um sorrisinho de canto, como de costume e eu fiquei até fraca.

—Ta aí, tu tem muito mais autocontrole do que eu.

Antes que eu tivesse tempo pra entender o recado, a mão dele já estava na minha nuca me puxando pra um beijo daqueles.

Ele me puxou pra cima do colo dele e desceu a mão pra minha bunda enquanto nossas línguas se contornavam em um beijo quente. Minha mão passeava na sua nuca e ombro. Ele apertava minha bunda com vontade enquanto eu tentava firmemente não rebolar no colo dele em público.

Eu estava a tantos meses sem sexo que se aquilo ali continuasse eu iria parar no jornal da cidade por transar no meio das pedras da praia. Deus me livre.

A verdade é depois do Cadu, eu só transei com um carinha lá da cidade da minha vó, que eu tinha um crush desde a infância e quando surgiu a oportunidade ano passado eu aproveitei. Tinha que tirar a virgindade de Cadu de mim. Mas depois daquilo, mais ninguém. Travei real.

—Eu te curto demais, garota. Que porra é essa... — ele falou ao partir o beijo e foi inevitável eu sorrir ainda tentando controlar o calor que estava sentindo ali sentada no colo dele.

—É? Eu também curto você, estresse. —fiz um carinho na nuca dele enquanto ele alisava minha perna.

—Mas só pra deixar claro que isso não é uma declaração de amor não hein, é só um fato. —ele disse com certo humor que me fez rolar os olhos e rir da cara dele.

—Cala a boquinha tá?! Faz uma coisa mais interessante com ela.

—Tipo o que? Tu pode me mostrar? —sorriu e eu balancei a cabeça positivamente indo beijar aquela boca maravilhosa.

Perdoem meu atraso e não desistam de mim! ♥️Gente, perdão eu fiquei doente esses dias agora (ainda tô

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Perdoem meu atraso e não desistam de mim! ♥️
Gente, perdão eu fiquei doente esses dias agora (ainda tô. Mas tô melhorando a base de muito xarope e remédio)
E como todo castigo pra pobre é pouco, meu notebook deu pau, tá com a tela toda preta. Tive que escrever pelo celular e eu não gosto muito, mas não tive saída.

Bom, espero que estejam gostando.
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Até semana que vem. Ou antes!
Beijuuu 😘😘♥️

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