MAJU
Sabe quando você acorda com uma dor de cabeça infernal de ressaca e jura que nunca mais vai beber na vida? Pois é, foi exatamente isso que eu jurei a mim mesma quando abri os olhos e enxerguei, com dificuldade, a pouca claridade do sol que invadia o quarto. Aquela vodka de ontem acabou com a minha raça.
Coçei os olhos e olhei pro outro lado da cama, o Pedro estava tentando se levantar sem se mexer muito, provavelmente pra não me acordar, mas logo percebeu que eu tinha me mexido e me olhou assim que se sentou na cama.
—Po, foi mal Maju, não queria te acordar não. —falou baixo com aquela rouquidão matinal
—Tudo bem, relaxa. Meu sono que é leve mesmo... —passei a mão na testa e fiz uma careta ao sentir minha cabeça latejar um pouco
—Ta de ressaca né?
Dobrei meu braço no rosto tampando um pouco minha visão e diminuindo o incômodo pela claridade
—Só minha cabeça que parece que vai explodir —choraminguei e ele riu fraco antes de se levantar e ir até a bolsa de viagem dele, ficou procurando algo nela e voltou a sentar na beira da cama segundos depois.
—Peguei uma dipirona pra você, toma aqui. —Pedro se esticou pra pegar a minha garrafinha d'agua que estava na mesinha e me ofereceu junto com o comprimido. Tirei meu braço do rosto me levantando o suficiente pra tomar o remédio e quis morrer quando levantei a cabeça e senti uma fisgada.
—Credo, nunca mais eu bebo vodka pura assim. —prometi. Coloquei minha garrafinha em cima da mesa de novo e voltei a deitar.
—Vamos ver quantas vezes mais tu vai falar isso —me zoou e eu empurrei as costas dele de leve com a perna— mas tu lembra pelo menos de tudo que rolou ontem?
Ele perguntou mais sério e eu ja sabia bem o motivo.
—Lembro.
—Se arrependeu? —ele perguntou meio preocupado— Porque eu juro que não quis ser cuzão e me aproveitar da situação nem nada disso... —ele ia continuar, mas eu cortei
—Pedro. —ele me olhou— não precisa se justificar, eu quis tanto quanto você. —falei e ele pareceu respirar mais aliviado— e eu sei que bebi ontem e tal, mas não o suficiente pra que eu não tivesse consciência das coisas. Eu quis e eu sabia muito bem o que estava fazendo.
—É, sabia mesmo... —ele falou com malícia e com um sorrisinho safado na cara. Eu ri e desci o tapa no braço dele que desviou de alguns e segurou meu pulso antes de afundar o rosto no meu pescoço e rir.
—Idiota. —eu disse rindo e ele soltou meu pulso pra fazer um carinho na lateral do me corpo.
A gente ficou assim um tempo até eu começar a querer pegar no sono de novo com aquele carinho todo. Meu olho foi pesando e eu senti o Pedro tirar o rosto do meu pescoço e o peso do corpo dele de cima do meu peito.
—Vou te deixar descansar mais um pouquinho aí, ta bom? —ouvi o Pedro falar e só murmurei um "uhum". Eu tava mais dormindo que acordada. Senti ele beijar minha testa antes de levantar e sair do quarto fechando a porta.
Quando acordei pela segunda vez foi com o barulho da musica que tocava alta na caixa de som na area da piscina, olhei as horas no celular e eram 11:20hr. Minha cabeça ja não doía mais, graças ao bom Deus e então eu criei coragem de ir tomar banho quentinho pra despertar.
Depois de tomar um banho decente, eu vesti um short preto e a parte de cima de um biquíni vinho, enrolei a toalha no cabelo e fui escovar os dentes. Penteei meu cabelo, passei um desodorante e hidratante e sai do quarto indo em direção ao andar de baixo.
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Fiksi Remaja+14 completa! Por favor, não me encare tão friamente durante esse dois segundos eternos, porque sinto que me desvenda em cada milímetro. Está lendo as minhas entrelinhas, minhas fugas e receios. Você abre as fechaduras que eu tranquei com tanto cui...