PEDRO
Assim que a gente chegou em casa eu e Maju subimos pro quarto, ela correu pra tomar banho primeiro que eu e o otário aqui ficou de pista. Eu sentei na ponta da cama e fiquei mexendo no celular esperando ela sair do banheiro, vi o storie que ela postou nosso sorri que nem um bobão, repostei no meu insta e fiquei vendo uns stories alheios.
Não sei em qual momento o cansaço da viajem e da praia me bateu, só sei que apaguei ali mesmo. Acordei sentindo uns beijos no pescoço e na linha do maxilar, e antes de abrir os olhos eu ja tinha reconhecido aquele perfume cítrico, que aliás tinha se tornando um dos meus favoritos.
—Psiu.
Abri os olhos e dei de cara com a dona daquele par de olhos pretos me encarando com um sorriso.
—Tomar banho que é bom, nada né. —implicou e foi pra frente do espelho secar o cabelo. Dei uma espreguiçada e sentei na cama
—To quebradinho —relaxei meu pescoço e ela riu
—Vai tomar banho, Peu. Daqui a pouco as pizzas chegam e os seus amigos esfomeados não vão deixar nem a caixa pra você.
Até ia rolar uma janta, mas geral tava cansadão então achamos melhor pedir pizza por hoje.
—É ruim hein. —levantei até rápido pra pegar minhas coisas— bate na minha cara, mas não brinca com esse lance de comida comigo não que pra desfazer amizade e cobrir geral no soco é rapidinho. —Falei sério, mas eu estava brincando. Ou talvez não.
Joguei a toalha no meu ombro, dei um beijo na Maju e fui tomar meu banho. Quando eu saí do banheiro a Maju não estava mais no quarto, só o perfume dela. Pendurei minha toalha no vidro do box, passei um perfume e desci pra sala.
Pessoal tava jogando uno e a Liz tava muito puta com o Rodrigo e o Marcelo que fizeram ela comprar oito cartas.
—Vocês são dois imundos, eu odeio jogar com vocês. Que ódio! —ela reclamava enquanto comprava as cartas e os moleques rachavam a cara de tanto rir dela
—Amor, é só um jogo. —Rodrigo se explicou mas era perceptível o deboche dele
eu cheguei e sentei do lado da Maju no sofá.
—Fala nada comigo não, Rodrigo. Desse insuportável do Marcelo eu ja esperava , mas de você é sacanagem — a gente riu e ela rolou os olhos, mas estava levando mais na esportiva
eu esperei a rodada acabar pra entrar no jogo e a gente ficou naquilo até as pizzas chegarem e todo mundo esquecer o jogo de lado e ir comer. Rapaz , parecia que a minha última refeição tinha sido semana passada. As seis caixas de pizzas acabaram rapidinho e geral ficou morgadão no sofá.
Lá pra umas 22:00 horas, o espírito de porco do Rodrigo começou a cutucar ele e ele voltou da cozinha com uma garrafa de Absolut, copo e papel.
—A conversa tava muito boa, mas se fosse só pra conversar eu ficava em casa né meus amigos. Vamos dar uma animada nisso aqui! —ele se aproximou e deixou a garrafa junto com uns copinhos de shot em cima da mesa de centro e sentou no chão. —Bora gente, senta aí...—ele indicou o chão e depois de muita insistência a gente sentou no chão em volta da mesinha.
—Qual vai ser a brincadeirinha da vez? —Hugo perguntou
—Bora jogar purrinha.
—Quê?! —Sofia perguntou sem saber como funcionava o jogo.
—Vou explicar. —Rodrigo começou a cortar o papel e fazer umas bolinhas. Ele distribuiu três bolinhas pra cada um. —É o seguinte: cada um tem três bolinhas de papel na mão, certo? Então, purrinha é tipo um jogo de aposta, a cada rodada a cada um decide quantas bolinhas vai deixar na mão e depois todo mundo deixa a mão fechada sobre a mesa e cada um da o seu palpite de qual vai ser a soma total de bolinhas na rodada. É em sentido horal e não pode repetir o palpite do outro, então cada rodada começa com uma pessoa diferente pra ser mais justo.
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Minha Melhor Versão
Teen Fiction+14 completa! Por favor, não me encare tão friamente durante esse dois segundos eternos, porque sinto que me desvenda em cada milímetro. Está lendo as minhas entrelinhas, minhas fugas e receios. Você abre as fechaduras que eu tranquei com tanto cui...