𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝕾𝖊𝖙𝖊

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28 {num

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28 {num.} do sistema hebreu de numerologia: corresponde á palavra koakh que significa "poder" e/ou "energia".




— Rayna —

O ambiente parecia esticar o tempo entre eles, a tensão pairando no ar, densa como um véu. Rayna observava Azriel atravessar a porta com a mesma calma calculada que ele usava para ocultar sua presença no campo de batalha. Cada passo dele era um estudo de controle, mas ela sabia, pela forma como ele apertava levemente os punhos, que estava mexendo com algo profundo dentro dele.

  Azriel se acomodou próximo à janela, mantendo uma distância segura entre eles. Seus olhos âmbar, que normalmente estavam cheios de mistério, a estudavam com uma intensidade que fez Rayna se sentir tanto exposta quanto desafiada.

  — Por que você realmente me trouxe aqui? — Rayna quebrou o silêncio, sua voz suave, mas com uma pitada de irritação. Ela não se referia apenas àquela sala, mas a Casa de Vento. Ela sabia que Azriel não era alguém que agia por impulsos. Havia um motivo maior por trás de cada movimento.

  Azriel a fitou, sua expressão impenetrável.

  — Você é uma incógnita. Uma ameaça em potencial. E ameaças precisam ser monitoradas de perto. — Sua voz saiu baixa, quase um sussurro, como se o simples ato de falar demais fosse perigoso.

  Rayna soltou uma risada amarga, balançando a cabeça.

  — Ah, claro. O soldado obediente, sempre cumprindo seu dever. — Ela se levantou e cruzou os braços, começando a andar de um lado para o outro no quarto, a energia acumulada no corpo procurando uma forma de escapar. — Sabe, eu nunca pedi para estar aqui. Nunca pedi para ser jogada em um mundo onde todos me olham como se eu fosse explodir a qualquer momento.

  Azriel permaneceu em silêncio por um momento, as sombras ao seu redor ondulando como se respondessem ao humor inquieto de Rayna. Quando ele finalmente falou, sua voz tinha um tom mais sombrio, quase resignado.

  — Você não pediu, mas está aqui. E agora, o que fazemos a respeito disso? — Ele a encarou com uma intensidade cortante, esperando alguma reação que lhe desse mais pistas sobre quem ela era.

  Rayna parou, encontrando o olhar dele com a mesma força. Ela sentia que suas palavras não eram apenas sobre o presente, mas sobre algo mais profundo. Algo que ele não queria revelar completamente, mas que, de algum modo, sabia que ela entenderia.

  — Eu... não sei. — Ela admitiu, sua voz finalmente se suavizando. Era uma confissão honesta, mais para si mesma do que para ele. Havia um peso em sua mente desde que Elain profetizou destruição, algo que ela não podia controlar. — Mas se você está aqui para me impedir de machucar alguém, talvez devesse começar me dizendo como.

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