𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝕹𝖔𝖛𝖊

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la

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la.che.sism {p.} do grego lachesis: o desejo de ser atingido por desastre. 




— Rayna — 

Ela detestava o vestido verde de seda e organza que se moldava à sua pele pálida — sabia que estava se enganando, pois, na verdade, ele era deslumbrante. Sob a luz da lua, brilhava de forma etérea, sussurrando promessas de liberdade e permitindo-lhe até mesmo chutar o rosto de alguém, se fosse necessário.

  E tinha um alvo perfeito em mente.

  Odiava estar sentada à mesa de jantar, o mais longe possível dele, enquanto seus cabelos molhados escorriam em suas costas. Mas isso não era nem de longe a parte mais desagradável da situação.

  E se odiava por se submeter a tudo o que ele dissera. Morrer de fome parecia uma alternativa muito mais atraente agora.

  Ela se encontrava em uma extremidade da mesa de pedra, revestida de madeira, enquanto Elain ocupava o outro extremo, com Azriel ao seu lado. Sentia o olhar dele penetrando em sua cabeça enquanto mexia nos legumes com o garfo, como se fossem criaturas alienígenas.

  Como se ela mesma fosse uma alienígena.

  Virou-se para Elain, buscando confirmação de suas suspeitas. Os olhos de chocolate da fêmea estavam semicerrados, focados nela, agora que sua cabeça estava erguida.

  — Você me encara como se eu fosse de outro mundo — murmurou, sem tirar os olhos do prato, sua voz carregada de irritação mal contida.

  Técnicamente ela era, mas aquele não era o ponto.

  — Não vou derramar sangue na mesa agora, Elain. — Diz limpando a garganta — Não que eu não esteja com vontade. — Murmurou, sabendo que suas palavras não passariam despercebidas pelas audições feéricas de ambos.

  — Mas você vai, eventualmente. — A confiança na voz de Elain era quase palpável, como se ela já visse o futuro diante de seus olhos.

  — Esse lance de visões não é subjetivo? — perguntou, soltando o garfo, genuinamente curiosa. — Como você pode ter tanta certeza? Isso é uma loucura, Elain! É impossível que você me conheça melhor do que eu mesma!

  — Você não pode mudar isso. — Elain disse, com uma firmeza que fez o sangue de Rayna ferver.

  — Não posso acreditar que você pensa assim, — ela disse, a frustração crescendo em sua voz. — Por que você está tão certa de que eu sou uma ameaça?

  — Porque você é, — Elain respondeu, sem hesitar. — A escuridão dentro de você não pode ser ignorada.

  Ela sentiu a indignação crescer, sua voz subindo:

𝕬 𝕮𝖔𝖚𝖗𝖙 𝖔𝖋 𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝖆𝖓𝖉 𝕾𝖍𝖆𝖉𝖔𝖜𝖘 | acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora