𝐂𝐡. 𝟓𝟐

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dé.pay.se.ment {s.} de origem francesa: quando alguém é tirado de seu próprio mundo familiar e jogado em um novo




— Rayna —

O líquido carmesim em minhas mãos já está começando a coagular, formando cascas marrons. A cabeça desacordada do encantador de sombras descansa em meu colo, ele está pálido, gotículas de suor frio tomam forma em sua testa, ele mal consegue abrir os olhos.

  Posso sentir o peso do olhar das Duskit em mim, elas estão preocupadas, mas não se atrevem a dizer nada. De qualquer forma, não há mas nada a ser dito.

  Temos apenas que encarar a verdade e arrumar um jeito de aceita-la: nosso plano deu errado e Azriel pode morrer por causa disso.

Algumas horas antes...

  Não tenho noção de tempo nesse mundo, é a primeira vez que noto. Sei quando é dia e quando é noite, e há quantos dias estamos andando pela troca da luz noturna pelo nascer do sol. Mas as horas passam de maneira estranha, Azriel e Mayreth são ótimos em dizer a hora pela sombra do sol, eu não conseguiria dizer que horas são agora se a minha vida dependesse disso.

  O que sei é, que fazem quatro dias desde que deixamos a Corte Noturna, quatro dias que um sentimento de ansiedade e angústia me mantém acordada mesmo quando eu devia estar descansando. Nosso plano vai se iniciar em breve, e eu preciso estar com todas as minhas forças para quando esse momento chegar.

  Duas noites atrás, Azriel desistiu de tentar me fazer dormir, e resolveu que algum treinamento poderia ser útil. Algo me diz que ele fez isso na esperança de que no final da noite eu estaria cansada o suficiente para desmaiar quando me deitasse. Bem, ele estava errado.

  Quanto mais dias se passavam, mais nervosa eu ficava com a expectativa de estarmos nos aproximando. Ainda faltavam cerca de três dias para que chegássemos, mas Mayreth havia terminado o mapa do palácio esta manhã, o que significava que estávamos prontos.

  Nosso plano nunca foi chegar até o palácio, de fato. Nunca conseguiríamos passar as suas defesas facilmente, não, era algo muito mais arriscado.

  O caminho de árvores se abre para uma morro, é a primeira vez que temos uma vista aberta desde que entramos na floresta, embaixo dele há um rio com água cristalina, brilhando como se tivessem milhares de diamantes em sua superfície.

  — Deveríamos fazer uma pausa, tomar um banho e nos refrescar. — digo, já imaginando o alívio da água gelada contra a minha pele quente.

𝕬 𝕮𝖔𝖚𝖗𝖙 𝖔𝖋 𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝖆𝖓𝖉 𝕾𝖍𝖆𝖉𝖔𝖜𝖘 | acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora