𝐂𝐡. 𝟒𝟒

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in

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in.dur.a.tize {v.} do inglês:  tornar o próprio coração endurecido ou resistente aos apelos ou avanços de alguém, ou à ideia de amor. 




— Rayna — 

Faço de tudo para manter o meu nervosismo enterrado enquanto Helion me guia pelo salão. Um lustre gigante de cristal reflete a luz deixando pequenos pontos transluzentes em nossa pele.

  — Então, resposta, eu ficaria feliz se me dissesse o seu nome. — ele sussurra no meu ouvido, sua voz soa como o primeiro raio da manhã escorrendo como mel de sua língua. É fácil saber que fêmeas e machos se encantam por ele apenas ao ouvi-la.

  — Achei que não perguntaria. — sorrio educadamente. — Rayna, é um prazer conhecê-lo. — arqueio as sobrancelhas.

  — Um prazer, de fato. — ele me olha de cima por conta da diferença óbvia de tamanho, mas estamos lado a lado. — Nós temos um problema, Rayna. — diz calmamente.

  — Um problema? — pergunto com as sobrancelhas franzidas. Ele assente. — E qual problema poderíamos ter numa noite tão bela como essa?

  Mantenho uma feição neutra, como Rhys me disse para fazer. Eu deveria colher o máximo de informação possível antes de contar para ele quem realmente sou. Analisar o chão em que estou pisando, pois se eu não tivesse certeza que ele espalharia aquela informação para fontes menos confiáveis como a Outonal e a Primaveril, ele se racharia sob os meus pés.

  Um território vasto sem ninguém para reclama-lo? Eles fariam o impossível para ter certeza que seriam eles á ter direito áquelas terras antes da Corte Noturna. Uma disputa territorial. Uma guerra civil.

  Tudo que precisávamos evitar.

  Também tinha que garantir que Helion não quisesse qualquer poder sobre as terras do meu pai.

  — Você é um mistério, e eu raramente cruzei com mistérios durante a minha vida, que ao contrário da más línguas, não é tão longa assim. — ele também está colhendo informações.

  — Algum deles era tão agradável como eu? — arqueio as sobrancelhas. Helion sorri.

  — Nem mesmo chegaram perto. — passamos por um casal que troca carícias e mão bobas. — Qual o seu trabalho na corte de Rhysand?

  — Eu sou uma... Emissária. — as melhores mentiras são aquelas com verdade. Por isso, Rhysand fez questão de me nomear a Emissária da Corte Noturna antes que saíssemos de Velaris.

  Sou oficialmente parte do Círculo Íntimo do Grão-Senhor, e desse modo, o convite de Helion se estendia também á mim.

  — Entendo porque ele a escolheu como diplomata, — Helion pega ambas as nossas taças vazias e as coloca na mesa mais próxima. — mas ainda não explica a sua história e estou muito curioso quanto a ela.

𝕬 𝕮𝖔𝖚𝖗𝖙 𝖔𝖋 𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝖆𝖓𝖉 𝕾𝖍𝖆𝖉𝖔𝖜𝖘 | acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora