𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖁𝖎𝖓𝖙𝖊 𝖊 𝕯𝖔𝖎𝖘

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zem

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zem.bla.nity {s.} do inglês: a descoberta inevitável do que você preferia não saber.

- Rayna -

Sentada, com as pernas cruzadas, ela fixava o olhar no baú de mogno e ouro ornamentado que repousava sobre a cama, como se estivesse encarando uma parte de sua vida que se apresentava diante dela, sem aviso. Uma confusão densa a envolvia, uma mistura de temor e expectativa. A visita a Elounor havia se tornado uma peça crucial nesse quebra-cabeça gigantesco desde que caíra do céu – ou assim acreditava, pois estava imersa em uma guerra que começara muito antes do nascimento de Rhysand. Agora, o mundo exigia um equilíbrio que ela ainda não compreendia, e um novo mistério lhe pesava sobre os ombros.

  O fecho do baú, em forma de lua crescente e duskit, fazia seu coração acelerar. Era exatamente o colar que havia aparecido nas visões de Elain, e que ela havia esquecido, sufocada pelos tumultos que a cercavam. Agora, tudo parecia claro: aquele colar era a chave para a "herança que sua mãe lhe deixara nesta terra". Um misto de esperança e angústia a invadiu.

  Enquanto revisava cada palavra que a mãe de Loren lhe dissera, um desejo ardente se apoderou dela. Queria desesperadamente resolver todos os enigmas que a cercavam, como se cada resposta pudesse libertá-la da constante sensação de que cada dia era uma luta pela sobrevivência.

  Mas, ao fazer perguntas, percebeu que era inútil. Após a terceira tentativa, a frustração crescia em seu peito.

  — Quem? — perguntou, sua voz carregada de ansiedade e desespero. A mulher diante dela parecia tão distante, perdida em um mundo de memórias que não a incluía. Então, decidiu sentar-se com ela no quintal, enquanto Loren preparava algo para beber, esperando que a conversa fluísse de alguma forma.

  — Não acreditei nela, claro, como poderia? — a mulher exclamou, seus olhos brilhando com uma excitação quase contagiante. — Sabia que ela estava fazendo o certo, mas nunca imaginei que você retornaria. Isso é uma loucura! — Ela apertou a mão dela com força, um gesto que falava mais que palavras. — Sinto como se meu coração estivesse prestes a explodir! Eu sabia que a Mãe não deixaria minha pequena se ligar a qualquer pessoa.

  Era um eufemismo dizer que ela se sentia totalmente perdida. Aquele turbilhão emocional a consumia, um abismo sem fim que a deixava vulnerável.

  — Desculpe, mas em quem você não acreditou? — ela tentou novamente, a voz tremendo levemente, como se a resposta pudesse ser a chave para todas as suas incertezas.

  — Sua mãe, é claro! — Elounor respondeu, sua expressão de surpresa misturada com um desdém amável, como se estivesse revelando o segredo mais óbvio do mundo. Ela franziu as sobrancelhas azuladas ao perceber a confusão no rosto dela. — Fleuri não te contou?

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