𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖁𝖎𝖓𝖙𝖊 𝖊 𝕾𝖊𝖎𝖘

4.3K 599 128
                                    

uk

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

uk.yi.o {s.} em japonês: "O mundo flutuante"; viver no momento; desapegado dos incômodos da vida.

(2/6)

— Rayna —

Cassian perguntou, sua voz carregada de uma curiosidade quase infantil, com um brilho travesso nos olhos, se tinham certeza de que não o queriam como companhia.

  A sala de estar da casa do rio era um refúgio acolhedor, decorada com quadros vibrantes pintados por Feyre. Um retrato de Elain captava a luz de maneira encantadora, enquanto as representações da Noite da Queda das Estrelas pareciam dançar nas paredes, criando uma atmosfera reconfortante, um contraste bem-vindo à frieza da Casa do Vento.

  — Ninguém nunca te disse que a curiosidade matou o gato? — uma sobrancelha levantou-se, enquanto ela tentava manter a leveza, mas a tensão no ar era inegável.

  — Paciência não é uma virtude que Cassian valoriza — Rhys comentou, reclinando-se na poltrona com um ar de cansaço que tentava esconder.

  — Eu descobri isso da maneira mais difícil hoje — ela respondeu, estreitando o olhar ao direcioná-lo para o general, as lembranças dos hematomas em seu braço ainda frescas em sua mente. — O assunto que tenho a tratar com o Grão-Senhor é particular.

  — Ok, entendi — ele ergueu os braços em rendição, mas não antes de lançar um olhar cínico. Começou a se afastar, em direção ao corredor. — Vou procurar Feyre, porque ela certamente me tratará melhor que vocês dois. — E, com isso, desapareceu, deixando a sala com um eco de suas palavras.

  — Você sabe que pode me chamar de Rhys, certo? — ele disse suavemente, com os dedos entrelaçados nas pernas cruzadas, seu olhar penetrando nela, quase como se tentasse desvendar seus pensamentos.

  — Sim — respondeu, a ansiedade crescendo em seu peito. — Eu só queria deixar Cassian mais curioso.

  Ele sorriu, balançando a cabeça com um misto de compreensão e exasperação.

  — O assunto que você quer discutir é sobre minha irmã?

  — Não — a resposta foi firme, mas dentro dela, um turbilhão de emoções se agitou. Olhando para suas unhas, percebeu a batalha que travava: a necessidade de ser honesta contra o medo de suas consequências.

  — Então... — ele a incentivou, sua voz suave e insistente. Nesse instante, ela desejou que ele pudesse ler sua mente, evitar a necessidade de revelar o que pesava em seu coração.

  O primeiro item de sua lista era contar a verdade para Rhys. O pensamento de se despir emocionalmente diante dele era avassalador. O colar em seu pescoço pulsava contra a pele, cada batida ecoando a certeza de que a verdade não podia ser ignorada. Ela não poderia permitir que Azriel guardasse aquele segredo por ela; não poderia permitir que essa parte de si permanecesse nas sombras.

𝕬 𝕮𝖔𝖚𝖗𝖙 𝖔𝖋 𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝖆𝖓𝖉 𝕾𝖍𝖆𝖉𝖔𝖜𝖘 | acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora