𝐂𝐡. 𝟑𝟑

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ken

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ken.sho {p.} em japonês: momento de iluminação, quando você sua própria natureza é vista pelo que realmente é




— Rayna —

  Não consegui dormir a noite inteira. Uma parte de mim esperava que ele fosse bater na minha porta, que me dissesse para esquecer a última conversa que tivemos e a outra parte de mim me odeia por isso. Tem uma guerra em potencial se desenrolando e estou me preocupando com o meu próprio coração? Minha família e minha corte precisam de mim. Não vou lutar por um amor que não faria o mesmo por mim. Mas então parece tão errado desistir tão fácil.

  Parece que mal fechei os olhos quando escuridão se enrola em meu pulso, que está poucos centímetros longe do meu rosto. Não posso evitar a pequena centelha de esperança, de que talvez as sombras espiralando em meu braço sejam de um certo encantador de sombras, mas a escuridão de Rhys é gelada em contraste com o calor morno de Azriel. Fecho os meus olhos novamente, quando contasto que Rhysand quem está no meu quarto, desejando que ele desapareça.

  Mas não sou tão sortuda.

  — Pensou que eu estava brincando quando disse que teria treino comigo hoje? — sua voz é calma e paciente. Posso imagina-lo encostado na mesinha ao lado da minha cama, com os braços cruzados. Se fosse Cassian, certamente, teria me arrancado da cama e me forçado a ficar em pé no ringue.

  — Vai embora... — resmungo, a voz abafada pelo travesseiro.

  Alguns segundos se passam e posso jurar que ele resolveu atender ao meu pedido, porém sinto a camada cobrindo a minha pele ser retirada e meus olhos serem expostos à janela recém-aberta. Coloco o braço nos olhos.

  — Eu poderia estar pelada, — digo com certa descrença na voz. Não acredito que ele fez isso.

  — Você não está. — nossa, muito obrigada, capitão óbvio.

  — Mas eu poderia! — procuro o cobertor com as mãos para voltar para o meu sono, mas o bastardo está com ele nas próprias mãos. — Não estou com paciência para chutar seu rabo hoje, Rhysand.

  Uma risada rouca deixa os seus lábios.  

  — Cassian está treinando o seu ego também? — ele arqueia uma das sobrancelhas.

  Levanto meu dedo do meio num gesto obsceno.

  — Sou mais velha que você, portanto tem que fazer o que eu mandar. — digo, mas já estou me levantando. Esta aí uma frase que nunca pensei em dizer. Eu, mais velha que Rhysand, mais velha até que Azriel, por uns bons cem anos. Que universo paralelo é esse?

𝕬 𝕮𝖔𝖚𝖗𝖙 𝖔𝖋 𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝖆𝖓𝖉 𝕾𝖍𝖆𝖉𝖔𝖜𝖘 | acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora