Em edição.
𝘢𝘤𝘰𝘵𝘢𝘳 / 𝘢𝘻𝘳𝘪𝘦𝘭 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤
"A mais grande forma de amor se esconde entre sombras e é preciso luz para penetra-las"
Em Prythian, a mágica se entrelaça com lendas, mas uma Corte permanece envolta em mistério: a Corte do Alv...
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than.to.pho.bi.a {s.}: medo inexplicável de perder a pessoa que você ama
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— Rayna —
O sangue começa a penetrar a renda do vestido e me sinto enojada ao pensar que qualquer parte dele sequer está em contato com a minha pele. Mas quando olho para baixo, algo como satisfação me preenche ao ver o vermelho contra o branco, ao ver o corte desigual em sua garganta. Satisfação em saber que cumpri a promessa silenciosa que havia feito no momento em que descobri sua traição e que com a sua morte ele cumpriria a dele.
Eu teria um exército de dosnianos para lutar contra o monstro que ele havia se aliado.
Quando Azriel acaba com a vida do último guarda no corredor, sinto o meu poder retornando para mim como uma fina linha cintilante na escuridão. É como se ele estivesse retornando para casa. Em poucos segundos Azriel está no arco da porta. Sua espada pingando sangue no chão, respingos do líquido vital vermelho em seu pescoço. Não havia um pingo de suor em seu rosto, mas seu cabelo preto como a escuridão caía em sua testa.
Levanto, meu corpo respondendo á sua presença.
— Você não deixou nem uma diversão para mim, Rayna. — ele disse com o cantos dos lábios virados para baixo. Uma expressão de decepção forçada quando eu sabia que ele não estava nada menos do que feliz em me ver.
Me lanço em seus braços, que de alguma forma já estavam abertos esperando por mim. Lágrimas ameaçam se formar no canto dos meus olhos, e apesar de eu não ter nada que esconder de Azriel, de não ter medo de estar vulnerável na presença dele, não posso me deixar levar pelo sentimentos, não quando meu plano não acabou com a morte de Killian.
— Senti sua falta. — sussurro contra o seu pescoço, apertando meus braços em sua cintura, enquanto ele apoia o queixo no topo da minha cabeça. A espada ensanguentada a muito esquecida, jogada no chão.
Uma de suas mãos abraça os meus ombros, enquanto a outra descansa em meu pescoço, a pedra azul cobalto enroscando no meu cabelo.
— Foi como se o abismo estivesse queimando na terra enquanto eu não estava ao seu lado. — ele se afasta, apenas o suficiente para que me olhe nos olhos. — Senti falta da cor dos seus olhos e do seu sorriso. Aquele sorriso inocente cheio de más intenções.
— Eu nunca tenho nenhuma má intenção. — digo, dando exatamente o sorriso a qual ele se refere. — Eu diria que a maldade está nos olhos do espectador.
Seu polegar acaricia a minha bochecha.
— Você não faz ideia quanta maldade há agora na minha mente suja. — o mesmo dedo que acaricia o meu rosto, desce até a pele sensível dos meus lábios, traçando a curva da minha boca.