Em edição.
𝘢𝘤𝘰𝘵𝘢𝘳 / 𝘢𝘻𝘳𝘪𝘦𝘭 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤
"A mais grande forma de amor se esconde entre sombras e é preciso luz para penetra-las"
Em Prythian, a mágica se entrelaça com lendas, mas uma Corte permanece envolta em mistério: a Corte do Alv...
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spr.ez.za.tu.ra {p.} do italiano: a habilidade de fazer as ações parecerem sem esforço algum; disfarçar o verdadeiro desejo, sentimento ou significado.
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— Rayna —
Sabe quando você se prepara para lavar a louça e, de repente, a sua mãe manda que faça isso, e a desmotivação toma conta, fazendo com que a você lave tudo na força do ódio? Era exatamente assim que Rayna se sentia naquele instante.
Ler era uma paixão que a consumia, um refúgio em meio ao caos.
Mas havia algo sobre a urgência do momento que fazia sua mente se desligar. As paredes atrás das estantes pareciam mais fascinantes do que as palavras dançantes nas páginas, embora, no fundo, ela nem conseguisse ver as paredes.
Feyre tinha deixado um livro com ela. Objetos Enfeitiçados e Mágicos era um exemplar intrigante para começar, especialmente porque cada objeto descrito tinha um desenho ao lado. Assim, tudo que ela precisava fazer era folhear as páginas e deixar os olhos vagarem pelas ilustrações, à procura de algo que se assemelhasse ao amuleto que Feyre havia desenhado.
Havia pelo menos cinco tipos diferentes de colares e amuletos, mas nenhum deles se comparava à visão que Elain lhe havia mostrado.
Ela se deixou levar pela descrição de outros objetos. Uma adaga que, ao ser empunhada, drenava a vida de quem a segurava. Um anel de ouro e madrepérola, capaz de tornar o portador invisível. Uma taça de prata maciça que se reabastecia magicamente quando o vinho se esgotava — Mor certamente se encantaria por ela.
A maioria daqueles objetos havia desaparecido há eras.
Não tinha ideia de quanto tempo se passara desde que começara a ler, mas ao abrir o volume Prythian: Todos os Objetos Encantados, sentiu-se presa em um labirinto de palavras. O livro, escrito há pelo menos quinhentos anos, possuía uma prosa arrastada, e cada detalhe exigia sua total atenção, já que não havia imagens para guiar seus pensamentos nas trezentas páginas.
As sombras de Azriel se aproximaram, trazendo a familiar sensação morna que a envolvia como um manto.
— Cerridwen me pediu para trazer o seu almoço. — Ele apareceu, segurando uma bandeja com o prato mais suculento que ela já havia visto. A carne parecia derreter à luz, e os legumes envoltos em manteiga faziam suas narinas se dilatarem.
— Obrigada. — Ela disse, enquanto a bandeja era colocada na sua frente, no tapete onde estava sentada.
Azriel a encarou, os olhos brilhando como se testemunhasse um milagre.
— O que foi? — Ela perguntou, fechando o livro e colocando-o ao lado, sobre uma almofada. — Eu posso ser educada. Quando merecem. — Um sorriso brincou em seus lábios.