Em edição.
𝘢𝘤𝘰𝘵𝘢𝘳 / 𝘢𝘻𝘳𝘪𝘦𝘭 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤
"A mais grande forma de amor se esconde entre sombras e é preciso luz para penetra-las"
Em Prythian, a mágica se entrelaça com lendas, mas uma Corte permanece envolta em mistério: a Corte do Alv...
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dre.eblis.sa {s.}: o sentimento de felicidade por alguém na vida real por algo que só aconteceu nos seus sonhos.
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— Rayna —
As algemas em meus pulsos foram trocadas por duas pulseiras finas de freixo, que apesar de me darem mais estabilidade, ainda supressa os meus poderes. Tenho uma faca em mãos, grande o suficiente para matar.
Não consigo numerar quantas vezes pensei em cortar a garganta de Killian, ou arremessar no olho do Sombrio a esta distância. Mas Azriel ainda está fraco demais, as Duskits estão presas. Seria apenas eu.
Há muita coisa em jogo para que eu faça um movimento imprudente desse. É melhor que eu me mantenha no plano sendo traçado em minha mente. Não vai ser a mais rápida das soluções, mas é uma em que eu garanto que todos nós saiamos vivos.
— Eu gostaria de ter uma orquestra para esse momento, mas como pode perceber, estou num curto número de empregados. Mas isso mudará em breve. — O Sombrio diz, olhando para as unhas. — Está pronta?
Não respondo, focada em encarar a parede. Não sei se sou capaz de me controlar se ver a felicidade em seus olhos vazios.
- Vou levar isso como um sim. — ele arqueia as sobrancelhas, ou eu imagino que seja isso que ele está fazendo e alguns segundos depois um guarda está atravessando o portal com o Sanguinea em seu encalço.
Seus olhos são arroxeados, diferente dos verdes em que vi naquele imagem. Não há nenhuma semelhança entre o Grão-Senhor que ele um dia foi e o monstro em que foi transformado. Para me manter segura e se certificar de que o Sombrio nunca deixasse as limitações dessa Corte, lembro-me.
E estou prestes a desfazer isso.
Um pensamento horrível cruza a minha mente. Que talvez, seus olhos estejam dessa cor por conta do sangue que foi usado para cria-lo. E que se isso for verdade, ele sempre carregou uma parte da minha mãe.
De um jeito mórbido, isso me conforta.
— Eu realmente estava pensando em mandar ele te atacar, você sabe, tornar a luta justa. Lhe dar uma morte honrosa. Você não acha que é isso que o seu pai mereceria? - a voz do Sombrio entoa no ar. Ela machuca os meus ouvidos. — Mas seiscentos anos são anos demais e eu estou com pressa. Então, fique quieto, não se mexa. — essa última frase não é para mim.
O Sanguinea para na hora. Tudo que precisou foi um comando, simples palavras.
Não sei qual opção é pior. Mata-lo sem que ele tenha a chance de se defender, ou engajar numa luta com um ser centenário que não pode ser morto por ninguém mais além de mim. E que é meu pai.