𝐂𝐡. 𝟒𝟓

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o.nei.ra.tax.i.a {s.}: a inabilidade de distinguir a fantasia da realidade.




— Rayna — 

Sinto os olhos vigiantes de Mor e Amren nas minhas costas quando deixo o baile com Helion. Elas vão estar preparadas para me ajudar caso eu precise, vão deixar o salão principal logo depois de mim.

  Helion dispensa os guardas que se prontificam a nos seguir. Faço o meu melhor para memorizar o caminho que fazemos. Não é como se Helion fosse uma ameaça verdadeira, mas é melhor prevenir do que remediar.

  Direita, esquerda, esquerda. Dois rolos de escadas. Os corrimões de ouro são supreendentemente mornos. Direita novamente, e então uma porta de madeira branca.

  Helion a abre e da espaço para que eu entre. Não é o que você esperaria de um quarto, com uma mesa de escritório no centro e uma escultura de ouro num pedestal de granito. Um querubim, as asas têm pontos brilhantes, que indicam que foram espanadas com algum tipo de pó. O rosto inocente foi esculpido detalhadamente. Uma cama de solteiro, com lençóis de seda e um único travesseiro fica num canto escuro, eu provavelmente a deixaria passar se não tivesse olhando para cada detalhe do cômodo.

  Um escritório que, eventualmente, é usado como quarto.

  — É lindo, não? — Helion pergunta ao me pegar encarando e escultura. Assinto. Ele passa a mão de forma carinhosa pelos cabelos ondulados do querubim. — Ganhei de presente muito tempo atrás.

  — A pessoa que lhe deu, devia se importar muito com você. — digo, tentando ler a expressão machucada que passa pelo o seu rosto. — Ou se importar de menos.

  Ele ri.

  — Um pouco dos dois. — ele cruza o caminho até a mesa e se apoia nela, cruzando os braços. — É apenas uma memória agora.

Há algo no modo como ele enuncia as palavras, como se estivesse revivendo aquelas memórias e não estivesse mais aqui que me faz simpatizar por ele.

  — Você parecia estar se divertindo com Azriel.  — uma risada sem humor arranha a minha garganta. Ele tinha uma imagem distorcida do que era diversão.

  — Não tenho certeza se eu chamaria aquilo de diversão. — passo a mão pelo ombro do querubim antes de me aproximar de Helion.

   — Sabe, eu simpatizo com os dois. — seus olhos descem para o meu anel de noivado e voltam rapidamente para o meu rosto. — Por que não me diz como acabou atraindo a atenção dele. Poderia me ser útil para quando você estiver casada.

𝕬 𝕮𝖔𝖚𝖗𝖙 𝖔𝖋 𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝖆𝖓𝖉 𝕾𝖍𝖆𝖉𝖔𝖜𝖘 | acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora