cin.gu.lo.ma.nia {n.}; Um anseio profundo de envolver alguém em teus braços, como se o calor do toque pudesse preencher um vazio, e a distância entre almas se desfizesse num único abraço.
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— Rayna—
Aparentemente, ser esfaqueada dói. Para um caralho.
Se teve uma coisa que não tive que fingir enquanto me arrastava pelos corredores do palácio com a minha própria adaga em meu estômago, torcendo para que Adrien estivesse certo quando me mostrou um ponto que não seria fatal, era a agonia que eu sentia. Cada passo ardia como lava.
Não fiquei tempo o suficiente para conhecer o rosto de cada guarda, mas todos me eram um pouco familiares. Também não tive tempo de me sentir mal pelas vidas que Azriel tirara na ala real. Aqueles guardas eram leais á Killian, e teriam matado em seu nome.
Haviam poucas pessoas nos corredores, como esperado. A maioria dos súditos estavam ainda celebrando o casamento com o príncipe que se tornaria rei e não faziam ideia. Desse modo, Adrien teria um álibi. E eu teria o meu exército e minha vingança.
Não deve ter demorado muito até que eu alcançasse alguém, mas pareceu que os corredores eram infinitos e que eu morreria pela perda de sangue antes que alguém pudesse me socorrer. Os olhos castanhos aterrorizados de uma criada encontraram os meus quando me joguei em cima dela, o vestido de casamento quase totalmente que vermelho agora.
— Você... Você precisa ajuda-lo. — foi tudo que consegui dizer antes de desmaiar.
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A primeira coisa que sinto, antes mesmo de abrir os olhos, é a dor aguda no meu abdômen. Sinto repuxando em volta do corte e da costura recente na pele. A ferida interna que começou a curar, porém não tão rapidamente quanto eu preferiria.
A segunda coisa que sinto é uma urgência que aperta meu peito e rezo para todos os deuses existentes que eu não tenha ficado desacordada por mais de dois dias. Não quando Azriel está me esperando junto com Loren e Mor e possivelmente atacaria o palácio se eu não estivesse no nosso ponto de reunião como combinado.
Isso é o suficiente para me forçar a abrir os olhos, procurando pelo quarto qualquer indicativo de quanto tempo teria se passado desde a morte de Killian. Olho e percebo que estou em um quarto que nunca estive antes, mas que é muito parecido com o do falecido rei.
O céu está claro pela pequeno feicho de luz que vaza pela cortina vermelha e pesada. Há dois guardas em cada porta dupla - que devem ser três, só as que estão ao alcance dos meus olhos.
Há uma bandeja de prata em cima de um carrinho de duas rodas, com alguns panos sujos de sangue, linha, agulha e algo um cheiro bem distinto de álcool. Tento me levantar, mas parece que alguém abriu minha barriga, deu vários socos nos meus músculos e depois me costurou.
— Vossa Majestade. — ouço a voz de uma jovem fêmea ao lado da minha cama, quando olho para ela toda a parte superior do seu corpo está curvada em uma reverência. — Sou sua curandeira para este turno, é uma honra poder servi-la. — ela se levanta, mas não me olha diretamente nos olhos, me pergunto se foi instruída a não o fazer. — Não começamos a cura-la com magia ainda pois não era recomendável até que acordasse.
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𝕬 𝕮𝖔𝖚𝖗𝖙 𝖔𝖋 𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝖆𝖓𝖉 𝕾𝖍𝖆𝖉𝖔𝖜𝖘 | acotar
FanfictionEm edição. 𝘢𝘤𝘰𝘵𝘢𝘳 / 𝘢𝘻𝘳𝘪𝘦𝘭 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤 "A mais grande forma de amor se esconde entre sombras e é preciso luz para penetra-las" Em Prythian, a mágica se entrelaça com lendas, mas uma Corte permanece envolta em mistério: a Corte do Alv...
