Em edição.
𝘢𝘤𝘰𝘵𝘢𝘳 / 𝘢𝘻𝘳𝘪𝘦𝘭 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤
"A mais grande forma de amor se esconde entre sombras e é preciso luz para penetra-las"
Em Prythian, a mágica se entrelaça com lendas, mas uma Corte permanece envolta em mistério: a Corte do Alv...
Oiii gente, quanto tempo né? Dei uma pausa nos meus projetos por que precisava de um tempo — ambos para me organizar emocionalmente e em relação a história (estava com muitas ideias fluindo mas não conseguia passar para o papel e isso me deixou toda confusa haha). Desculpa por deixa-los esperando. Mas agora vamos de coisa boa né, que tem cap novo!!!! Espero muito que gostem e se supreendam assim como eu quando estava escrevendo-o.
Boa leitura, sonhadores!!!!
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a.cí.dia {s.f.}: estado de alma decorrente de si mesmo e do mundo; abondonada á reflexão profunda, a alma indaga sobre o sentido das coisas, do ser e da existência; tal consciência é algo tão terrivél, que o ser o humano tende, até inscoscientemente, a fugir dela.
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— Rayna —
Era por volta das sete horas da noite quando Rayna saiu do banho, envolta em vapor e pensamentos confusos. O vestido leve e vermelho que Nestha lhe emprestara abraçava seu corpo, revelando os ombros com um decote reto que a fazia se sentir exposta, mas ao mesmo tempo poderosa. Ao encontrar Azriel, um turbilhão de emoções tomou conta dela. Todas as suas roupas haviam sido levadas para a casa da cidade, e a ideia de voar até lá apenas para mudar de roupa parecia uma perda de tempo. O desejo de permanecer perto dele era maior do que qualquer conveniência.
Depois de um treino extenuante, ainda sentia o suor escorrendo pelo corpo. Cassian, sempre tão direto e preocupado com a aparência, tinha insistido que as sacerdotisas não mereciam a presença de uma garota malcheirosa em seu santuário. Rayna, em um gesto quase involuntário, cheirou sua axila, e, embora não estivesse fedida, a insegurança a atacou. A risada de Cassian ecoou em sua mente — estaria ele realmente sério?
Por precaução, decidiu se banhar antes de seguir para a biblioteca sob a Casa do Vento. A água quente parecia um bálsamo, mas mesmo assim, a ansiedade se aglomerava em seu peito. O que Azriel pensaria dela? A pergunta a perseguiu como uma sombra.
Quatro dias haviam se passado desde que começara o treinamento com o general, e cada sessão era uma batalha em si mesma. Seus músculos ardentes gritavam por descanso, tornando até as tarefas mais simples em desafios árduos. Cassian afirmava que ela estava se fortalecendo rapidamente, mas a verdade era que Rayna não suportava a ideia de perder — mesmo que não houvesse competição. Cada treino se transformava em um campo de batalha onde ela lutava contra suas próprias limitações, temendo parecer fraca. Era um ciclo de dor e determinação, onde o orgulho a impelia a ignorar seus limites, mesmo que isso significasse recorrer a poções para aliviar a dor depois.
Sabia que Cassian não a julgaria por precisar de uma pausa, mas sua autocrítica a consumia.
Cansada ao ponto de desmaiar ao tocar o colchão, Rayna muitas vezes se entregava ao sono antes mesmo de deitar. A rotina tornara-se um loop sem fim de treinos, sono e madrugadas passadas em sua própria mente tumultuada — uma experiência que desejava evitar a todo custo.