𝐂𝐡. 𝟑𝟕

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er.leb.nisse {p.}:  as experiências, positivas ou negativas, que nos fazem sentir mais profundamente, e por meio das quais nós verdadeiramente vivemos; não são meras experiências, mas sim Experiências. 




— Rayna —

Todos nós saímos do chalé recebendo olhares desgostosos que não reparei quando chegamos. Um ferreiro que afiava espadas grita com sua filha algo inteligível, mas a mensagem é clara: não chegue perto dessas pessoas amaldiçoadas. Nestha ainda é vista como uma bruxa pelos illyrianos. Ninguém parece reconhecer Aeryn.

  Mesmo nunca tendo estado na parte populada de Illyria tenho certeza que algo está diferente. É como se a guerra pesasse no ombros das pessoas, tornando-as corcundas de preocupação. Percebo, quando adentramos as fronteiras de Velaris, que a cidade dos Illyrianos não é o único lugar a sofrer com as consequências da guerra que está por vir.

  Estou curiosa para saber porque achar a Corte do Alvorecer se tornou tão urgente. Mesmo em negação, suspeito do motivo e temo estar certa. Cassian me disse aquilo depois de saber que Aeryn tinha retornado, então algo em minha ausência causou essa necessidade. Mais sangue velariano derramado, imagino.

  Rhys, para quem Cass e Nestha estão nos levando, está na Casa do Vento. Aperto o saco com o uniforme dentro embaixo do braço e respiro fundo antes de entrar na casa. Felizmente, a roupa que Nestha me emprestou não é um vestido, e sim uma calça quente de couro preto e uma túnica azul pálida.

  — Devemos ir uma de cada vez, ou matar ele do coração? — pergunto, entrelaçando os dedos com o de Aeryn.

  — Não acho que consiga esperar nem mais um pouco. — ela aperta minha mão, mordendo o lábio inferior e escondendo um sorriso ansioso.

  — O que estamos esperando, então? — pergunto já abrindo a porta. — O primeiro lugar que estive na Casa do Vento, foi o escritório de Rhys. Não acham irônico que é exatamente para lá que estou voltando? — apesar das circustânceas serem bem diferentes. Cassian tinha nos dito que Rhys deveria estar no escritório se estava aqui. 

  — Acho que você não consegue calar a boca quando está nervosa. — Cassian provoca e Nestha puxa o braço dele, que está entrelaçado com o dela.

  — Apenas quando ela está nervosa? — Aeryn diz ao meu lado e me sinto tentada em apertar a mão dela. Ótimo, agora Cass tem uma companhia para tirar uma com a minha cara.

  — Calem a boca ou não será surpresa nenhuma. — digo. Não estamos tão longe do escritório agora. Porém não falo apenas por isso, eles estão certos e estou tão nervosa que não consigo nem achar dentro de mim para responde-los á altura.

𝕬 𝕮𝖔𝖚𝖗𝖙 𝖔𝖋 𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝖆𝖓𝖉 𝕾𝖍𝖆𝖉𝖔𝖜𝖘 | acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora