Em edição.
𝘢𝘤𝘰𝘵𝘢𝘳 / 𝘢𝘻𝘳𝘪𝘦𝘭 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤
"A mais grande forma de amor se esconde entre sombras e é preciso luz para penetra-las"
Em Prythian, a mágica se entrelaça com lendas, mas uma Corte permanece envolta em mistério: a Corte do Alv...
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fo.rels.ket {s.f.} de origem dinamarquesa: Euforia que se experimenta quando você começa a se apaixonar.
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— Rayna —
Como Feyre havia pedido, ninguém mais tocou no assunto enquanto jantavam. Rayna se permitiu mergulhar na conversa que se desenrolava à sua volta, saboreando cada garfada da comida deliciosa que parecia aquecer não apenas seu corpo, mas também sua alma. O aroma a envolvia como um abraço acolhedor, e ela preferia se perder na experiência sensorial a se envolver em conversas que a deixavam nervosa. Seus sentidos estavam em alerta quando Cassian começou a relatar sobre suas folgas no acampamento, e um desejo crescente se formou dentro dela.
Ela não havia planejado pedir isso a ele, mas a oportunidade se apresentava como uma luz no fim de um túnel escuro.
— Por quanto tempo você pretende ficar em Velaris? — perguntou, a voz suave, mas com uma determinação escondida nas entrelinhas. Ela ergueu a taça de vinho, ocultando a intensidade de seu anseio.
Mas Azriel, com seu olhar penetrante e perspicaz, percebeu que havia algo mais em suas palavras. Ele a observava com uma atenção que fazia seu coração acelerar, como se estivesse lendo sua alma. Rayna ofereceu um sorriso inocente, mas a ansiedade borbulhava sob a superfície. Em um momento de vulnerabilidade, ela franziu o cenho, silenciosamente questionando se havia algo de errado em seu pedido.
— Dois meses, no máximo. Nestha e eu temos que voltar para o acampamento. Novos recrutas para o Rito de Sangue estão surgindo, e agora, com as fêmeas podendo participar, a demanda por treinadores vai aumentar — respondeu Cassian, sua voz firme, carregando o peso da responsabilidade e do compromisso.
A oportunidade que Rayna tanto esperava agora estava diante dela, e a determinação cresceu em seu peito.
— Já que você tocou no assunto... — começou, a voz mais firme agora, enquanto abaixava a taça. Decidiu deixar de lado a máscara que escondia sua vulnerabilidade, revelando um fragmento de si mesma que até então guardava a sete chaves. — Eu quero que você me ensine a lutar.
O ar ficou pesado, e o silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Rayna sentiu a tensão se espalhar pela mesa, a desconfiança nos olhares de seus amigos como uma sombra ameaçadora. Permitiu-se abrir um pouco mais, esperando que eles percebessem a dor em sua voz, a necessidade ardente de aprender a se defender.
— Quando o Sanguinea me atacou, eu não fui capaz de fazer nada. Fiquei paralisada, esperando a morte chegar até mim. Nunca mais quero sentir essa impotência, essa incapacidade de me proteger — suas palavras saíram como um sussurro carregado de emoções, cada sílaba pesada com sua angústia.
O silêncio pesado parecia intensificar o peso de sua confissão. Com um gole de vinho, tentou aplacar a ansiedade que crescia dentro dela, um turbilhão de emoções.