dra.pe.to.ma.nia {s.f.}: a urgência muito pesada de fugir, vagar, errar.
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— Rayna —
Finco minhas unhas na pedra e impulsiono meu corpo para fora do Lir nada graciosamente, batendo o ombro no chão rochoso da caverna no processo. Encho o meu pulmão o máximo que consigo, desejando que o ar o preenchendo não fosse o árido que se encontra aqui tão baixo.
Deitada no chão, para acalmar a respiração, assisto as pedras piscarem como se fossem estrelas.
— O que é esse lugar? — Aeryn pergunta ofegante, deitada ao meu lado. Me pergunto se ela esteve aqui antes, um lugar tão sagrado para os guerreiros Illyrianos. Provavelmente não, já que é uma fêmea.
— Estamos embaixo de Ramiel. — Sob a montanha.
— Nem fodendo, — ela se senta e olha ao redor. — quem diria que uma coisa brusca daquela poderia ser lar para algo tão bonito. — não deixo de notar que ela fala como se fosse algo distante, mesmo pisando no solo da montanha.
Agora, ela parece ainda mais com Rhysand. Os olhos estão azuis por conta da iluminação precária da caverna, mas imagino serem do mesmo violeta profundo do irmão quando na luz do sol. Seus cabelos são ainda mais escuros molhados, mas os traços marcados de uma feérica a tornam assustadora. Ela é assustadoramente linda. O tipo de pessoa que você nunca iria gostar de ter como inimiga.
Será que é assim que sou agora?
— Como saímos daqui? — pergunta me ajudando a levantar.
— Tem uma escada que leva até a saída. — as tochas tinham queimado totalmente, deixando apena um toco de madeira em seus lugares. Mas a caverna não era tão grande para que eu não conseguisse encontrar as escadas. — Só vamos torcer para que tenham a deixado aberta.
E descubro, depois de subirmos o rolo circular de escadas, que eu não tinha tanta sorte.
— Quando cheguei, ela já estava aberta, então não faço ideia de como funciona. Seria ótimo se tivéssemos um pouco de luz. — a iluminação da caverna pouco alcançava o fim dos degraus.
— Que bom que eu trouxe isso comigo, então. — Aeryn abre a palma da mão e pequenas pedras, que parecem diamantes ainda refletem a luz azulada do Lir, mesmo não estando na sua presença. Não sei como ela conseguiu pega-las. Me distraio com a sua beleza. — Pegue uma e vamos procurar um jeito de sair daqui.
Faço como ela diz e começo a usar o diamante como uma espécie de lanterna para procurar uma forma de sair.
— Encontrei algo. — ela sussurra, mas é tão silencioso aqui que parece que está berrando. Aproximo minha pedra da dela e observo o desenho entalhado na pedra, é robusto mas familiar. Levo a mão até nuca inconscientemente. — Nunca vi um desenho como este antes.
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𝕬 𝕮𝖔𝖚𝖗𝖙 𝖔𝖋 𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝖆𝖓𝖉 𝕾𝖍𝖆𝖉𝖔𝖜𝖘 | acotar
FanficEm edição. 𝘢𝘤𝘰𝘵𝘢𝘳 / 𝘢𝘻𝘳𝘪𝘦𝘭 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤 "A mais grande forma de amor se esconde entre sombras e é preciso luz para penetra-las" Em Prythian, a mágica se entrelaça com lendas, mas uma Corte permanece envolta em mistério: a Corte do Alv...