Em edição.
𝘢𝘤𝘰𝘵𝘢𝘳 / 𝘢𝘻𝘳𝘪𝘦𝘭 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤
"A mais grande forma de amor se esconde entre sombras e é preciso luz para penetra-las"
Em Prythian, a mágica se entrelaça com lendas, mas uma Corte permanece envolta em mistério: a Corte do Alv...
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elã {s.m.}: Entusiasmo; sentimento vivaz que motiva alguém a fazer alguma coisa; Impulso, movimento que ocorre súbita e espontaneamente: o elã da paixão.
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— Rayna —
A cabeça de Rayna latejava, uma dor insistente que parecia ecoar em cada canto de sua mente. Com um gesto automático, pressionou a têmpora, na esperança de dissipar a dor. Ao olhar ao redor, o choque a atingiu como um golpe. Não estava na casa da cidade, mas sim no seu antigo quarto na Casa do Vento, envolta por um ambiente que pulsava com memórias, cada canto reverberando risadas e confidências do passado. As lembranças surgiram, fragmentadas e vívidas, enquanto ela tentava juntar as peças da noite anterior. Os três idiotas pensaram que era uma boa ideia voar bêbados até ali, ignorando a advertência que ecoava em suas cabeças: "Se beber não dirija".
Amren e Varian, sábios como sempre, escolheram o apartamento dela. Mas Cassian, aquele tolo atrevido, havia voado com ela, enquanto Azriel se dividira com Mor e Loren, e Rhysand se juntara a Feyre. Elain, ao que parece, tinha se retirado mais cedo, evitando toda a confusão.
Na mesa ao lado da cama, um pequeno frasco e um bilhete a aguardavam, como um aviso de que o treinamento a esperava assim que acordasse. Um nó se formou em seu estômago. Ela tinha certeza de que Cassian já teria partido. A memória de uma despedida sussurrada na noite anterior pairava em sua mente, porém a certeza era uma neblina distante, confusa e fugidia.
Ainda vestia o vestido da noite anterior, o tecido leve preso à sua pele, como um lembrete da vergonha que sentia. Um banho rápido não era suficiente para afastar a sensação de torpor. Escovou os dentes, soltando o cabelo em um gesto de determinação, massageando o couro cabeludo como se pudesse aliviar a tensão acumulada. Colocou uma calça de couro illyriano e uma regata preta grossa, tentando se preparar para o que viria.
Conhecendo Cassian, sabia que ele desejava ensiná-la mais uma lição antes de partir para Illyria. A ideia de um treino sobressaltada pela ressaca a fez sentir uma mistura de apreensão e determinação. Com um suspiro profundo, tomou o conteúdo do frasco, desejando que ao menos o efeito da bebida se dissipasse, que ela pudesse, de alguma forma, lembrar como movimentar os membros cansados. À noite, teriam que ir à Corte dos Pesadelos, e Cassian definitivamente não lhe daria um momento de descanso.
Seguindo o caminho até o ringue de combate, seus pés se moviam quase automaticamente, uma rotina entranhada em sua memória muscular.
Quando chegou ao salão aberto, a expectativa se transformou em confusão. Cassian não estava à vista. Teve que piscar duas vezes, quase acreditando que seu cérebro estava pregando peças, mas Azriel estava ali, organizando as facas na prateleira, sua presença imponente e ao mesmo tempo intrigante.
A expressão dela deve ter traído sua confusão, porque quando ele se virou, um sorriso maroto iluminou seu rosto, como um raio de sol rompendo nuvens pesadas.