capítulo 3

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—O que, como assim, eu não a matei, eu não a matei!

Grita ele.

A bebê chora mais alto ainda.

Tento acalmar ela, logo o IML chega, levamos o homem para a delegacia, e a bebê, lá olho a ficha da mulher e contato a família dela, que se desesperam, uma das irmãs dela, pergunta sobre a criança, eu digo que ela está bem, e que estava cuidando dela, fico com a bebê, até alguém ir buscá-la.

—Ela gostou de você!

Fala Jenna, uma das minhas amigas do trabalho.

—Ela gostou mais do meu distintivo, né pequena.

—Como ela se chama?

—Pelo que a tia dela disse, se chama Lana.

—Lana, é um nome lindo, tadinha, tão pequena e já perdeu a mãe, agora terá que conviver com esse monstro do pai dela.

—Acredita que ele matou ela?

—Com certeza, a cara de cínico dele o entrega, com certeza a matou e saiu da casa, para criar um álibi.

—Ele tem cara de psicopata, deveria ter visto a cara que ele fez quando chegou, tentou disfarçar, forçando um choro, por ver ela lá pendurada, mas ele não me enganou.

—Eu olhei a ficha dele, tem 20 boletins de ocorrência contra ele, vários de assédio sexual, e da própria noiva, o denunciando por violência doméstica, por que esse homem ainda não está preso?

—Pelo que Paul disse, o pai dele é uma pessoa influente, conhece chefes de polícias de alta patente.

—Como podem deixar um monstro desse solto, ele merecia uma cadeira elétrica, eu não duvido que ele consiga se livrar dessa novamente.

—Eu vou me certificar de que ele não fique livre!

Como eu era ingênua ao pensar aquilo, e novamente me vi há três anos atrás, quando o estuprador da minha melhor amiga, saiu impune, da denúncia de estupro, foi lá e a matou.

Não demora muito e a tia da bebê chega, ela estava aparentemente muito abalada, mas conversa um pouco comigo.

—Foi ele mesmo, ele a matou, Kaya jamais tiraria a própria vida, ela aguentava tudo pela filha.

—Por que ela não deixou ele?

—Kaya queria se livrar dele, mas...mas ele ameaçava ela, dizendo que ia tirar a Lana dela, a família dele é influente, e ela tinha medo de perder a filha, ele é um monstro, e não vai mudar.

—Eu sinto muito por sua perda, e te entendo eu perdi uma amiga, uma irmã, por conta de um homem louco, que a estuprou, e não foi preso, depois ele ficou obcecado por minha amiga e acabou matando ela.

—Eu sinto muito, mas você vai fazer de tudo, para ele ficar preso, não vai, eu tenho medo, do que ele possa fazer, se ficar livre, tenho medo dele querer fazer mal a Lana.

—Eu vou me certificar de que ele fique preso, dessa ele não escapa.

Mas eu estava enganada, depois de uma tentativa de interrogatório, o homem pede o advogado, que nos proíbe de falar com seu cliente, e depois de uma conversa, eles chegam a conclusão, de que não havia provas contra ele.

—Não há provas, só pode ser brincadeira!

—Policial Maggie, se controle!

—É impossível eu me controlar, ele matou ela, e a prova está diante dos nossos olhos, ele bateu nela, e ela lutou pela vida, o quarto estava revirado com sinais aparentes de uma luta corporal.

Infiltrada - Operação Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora