Infiltrada - Operação Máfia Russa

capítulo 42

Maggie

Acordo assustada com um sonho que tive, nele, Sofia gritava e pedia ajuda, e então, alguma coisa dentro de mim, sentia, que ela ainda está  viva, nós sempre tivemos uma ligação muito forte, assim como eu tinha com Giulia, eram tantos anos de amizade, convivendo juntas, que acabamos desenvolvendo essa conexão, eu não sabia explicar o que era.

Estava quase escurecendo, e estava chovendo, não muito forte, me levanto, e pego o notebook, invado o sistema de câmeras do aeroporto, e vejo as filmagens de três dias atrás, começo vendo desde bem cedo, mas me lembro de avançar o horário, para a hora de desembarque dela, e então, a encontro, ela vestia uma calça jeans, um casaco e um cachecol verde, que era meu, vou para a câmera de fora do aeroporto e vejo ela pegar um táxi, foco no número e na placa do táxi e pesquiso, então encontro uma companhia de táxi, eu precisava ir até lá, saber onde ele deixou Sofia, o único problema era, como eu ia sair daquela fortaleza, sem que me vissem?

Então, tenho uma idéia, primeiro troco de roupa, coloco uma roupa mais confortável, leggin, tênis e um moletom com capuz, e então, coloco meu plano em ação, já estava escuro, eu já conhecia aquela casa, como a palma das minhas mãos, as entradas, saídas, onde ficava mais seguranças, os locais menos vigiados, tudo.

Enquanto colocava o plano em ação, ouço um barulho na porta, me deito na cama, me cubro e finjo dormir.

—Emma, querida, está aí, vamos descer comer alguma coisa, querida?

Era Anna, ela entra no quarto.

—Emma, precisa comer alguma coisa, quer que eu trague algo aqui, pra você?

—Anna, eu estou bem, só quero ficar aqui, e dormir, não se preocupe comigo.

—Eu me preocupo sim, meu anjo, Nikolai também está preocupado.

—Diga a ele que estou bem, só não quero comer nada agora.

—Tá bom, então, mas se sentir fome, desça, para comer.

—Obrigada, Anna!

—De nada, querida, fique bem.

Ela sai do quarto e fecha a porta, pego o notebook, invado o sistema de segurança da casa, desligo as luzes, câmeras, tudo, saio do quarto e desço, os seguranças estavam agitados, por que não sabiam o que estava acontecendo.

Me escondo embaixo da escada, quando ouço a voz de Nikolai.

—Vou ver se Emma está bem!

—Acabei de vir de lá, querido, ela está bem, disse que só quer dormir, e que não está com fome agora, melhor deixar ela sozinha.

—É, vou esperar mais um pouco, depois vou vê-la!

Ele é tão atencioso, sabia respeitar meu momento, e era isso que me fazia admirá-lo, eu não entendia, porque eu sempre me sentia tão bem com ele, ele sabe me reconfortar e sabe me ouvir, eu não deveria me sentir bem com ele, isso vai acabar interferindo em tudo, prometi a mim mesma, que eu jamais desenvolveria qualquer tipo de sentimento por ele, a não ser desejo, que já era o suficiente para me ferrar, mas agora, parece que quanto mais eu o conheço, mais eu gosto dele.

—Por que os geradores não estão funcionando, não paguei uma fortuna naquilo a toa!

Fala ele, eu havia deligado os geradores de energia também, mas era manual, até encontrarem o "defeito", deu o tempo de eu sair.

Vou para os eu fundos e saio pela entrada de serviços, os seguranças estavam todos na frente da casa, corro o mais rápido possível pelo enorme jardim da mansão, até o muro, era um muro alto, ainda bem que havia uma árvore ali, que eu poderia pegar impulso e subir no muro, faço isso com uma rapidez extraordinária, eu sempre fui ágil e rápida, e o treinamento de espionagem, havia ajudado mais ainda, eu me sentia como nos filmes, mas diferente dos filmes, óbvio que não cai em pé, do outro lado, mas para diminuir um pouco o impacto, faço como no treinamento, assim que caio, coloco as mãos no chão e dou uma cambalhota, doeu, sim, me ralei toda, mas antes isso, do que quebrar um braço.