Capítulo 64

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No dia seguinte, recebo a ligação de Cate, dizendo que havia mandado o e-mail para Nikolai, com as provas, era domingo e ninguém iria sair, ele estava no escritório, e eu estava ajudando Annie no almoço, quando ouvimos algo se espatifando no chão, o escritório não ficava longe da cozinha.

—Minha nossa, o que foi isso?

Pergunta Annie.

—Parece que veio do escritório do Nik, vou lá ver.

Quando me aproximo, ouço ele conversar com Serguei.

—Eu sabia Serguei, eu sabia, aqui estão as provas, ele roubou meu pai.

—Acha que podemos confiar nessas provas?

—É autêntica Serguei, e nós já sabíamos disso, só não tínhamos todas as provas.

—Mas como essa pessoa conseguiu essas provas e quem é essa pessoa que as enviou?

—Eu não sei, vou investigar, mas o mais importante agora, é saber o que faremos com elas.

—Pretende enviar para Yelena?

Quem seria Yelena?

—Não, eu preciso disso para esfregar na cara dele, quando recuperar tudo o que ele roubou do meu pai.

—Quando tudo acabar, pretende ficar com a empresa?

—Ela é minha por direito, Serguei, claro que ficarei com ela, é uma herança que meu pai me deixou, e aquele desgraçado só me deu 10% de tudo o que é meu, mas isso não vai ficar assim.

—Não confia em Yelena, para mandar pra ela né?

—Não confio nem na minha sombra, quem dirá nela, como vou saber que ela não está como informante do Ivan, não dá pra confiar em ninguém hoje em dia, Serguei, vou fazer tudo ao meu modo.

—Tudo bem, só toma cuidado para não deixar escapar nada para Ivan, você tende a falar demais quando está com raiva, não pode deixar ele perceber que odeia ele antes de tudo terminar, se ele perceber, pode te matar antes de sequer pensar em algo.

—Prometo que vou me controlar, só não conta nada pra Annie, ela pode ficar preocupada com o que eu vá fazer, e também pode deixar algo escapar para a Emma, a Emma é boa em colocar as palavras na boca das pessoas, quando perceber, já falou, não quero que ela se envolva nisso, sem contar, que também não confio muito nela.

E nem deveria, mas então Annie sabia mais do que estava me contando, bom saber.

—Tá bom, vou ver se precisam de ajuda com o almoço.

Finjo estar chegando naquela hora.

—Emma.

Fala Serguei assim que me vê.

—Senhor Serguei, eu ia bater na porta agorinha mesmo, ouvimos um barulho vindo daqui, aconteceu alguma coisa?

—Eu quebrei um vaso sem querer. 

Fala Nikolai, Serguei olha para o vaso no chão e sigo seu olhar, claro que não foi sem querer, ele obviamente jogou o vaso na parede, num ataque de fúria.

—Aí caramba, um dos mais caros, ainda bem que não fui eu, teria que vender meus dois rins para pagar por ele.

Os dois riem.

—O almoço está quase pronto.

—Já, eu iria me oferecer para ajudar em algo.

—Não será necessário, já terminamos basicamente.

Infiltrada - Operação Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora