capítulo 17

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Depois da conversa com minha mãe, tomo um banho e me deito, como esperado, não consigo dormir, pensando em tudo o que a mulher me disse.

No dia seguinte

-Bom dia filha, dormiu bem?

-Bom dia mãe, não dormi nada bem, bom dia papai.

Digo dando um beijo no rosto dos dois.

-Bom dia amor, sua mãe me contou da proposta de emprego que recebeu, está pensando em aceitar?

-Estou cogitando a idéia sim pai, mas pelo visto o senhor reprova.

-Sabe porque né querida, temo por sua segurança, ainda mais longe da gente, e Chicago é tão grande e tão perigoso, mas é sua vida, já é adulta, e sabe o que faz com ela, vamos te apoiar em qualquer decisão que tomar.

Sorrio, apesar de não ficar muito feliz com minhas decisões, ele sempre me apoia em tudo, é compreensível, ele ainda acha que sou a garotinha dele, e como filha única, realmente ficavam com medo de me perder.

Depois do café, vou para o trabalho, estava tudo tranquilo por lá, tirando a busca pelo justiceiro ou melhor, justiceira, eles nem faziam idéia de que ela estava bem ali, todos os dias, encobrindo seus rastros, as vezes eu me sentia mal por enganar meus colegas, eu estava vivendo uma vida dupla, como justiceira e policial, claro que isso, vai contra todos os princípios da polícia, os princípios que aprendi, e que jurei defender, mas estava cansada de não fazer nada, e mulheres morrendo por conta de leis que não foram aplicadas da forma correta, eu não estava fazendo nada que a Polícia não estivesse fazendo, eles deixam criminosos se safarem, eu vou lá e dou a eles o que merecem, mas deve dizer, não se deve fazer justiça com as próprias mãos, quando a justiça é falha, temos que agir de alguma forma.

Enquanto tentava fazer um relatório, vou pensando na proposta da CIA, e que as coisas que eu vinha fazendo ficariam esquecidas, e tudo poderia voltar como era, mas talvez eu tenha mudado algo, já que todas as mulheres de todos os lugares do mundo, declararam apoio a justiceira, parece que resolveram reagir a justiça tão falha e machista, que defendiam os homens e cruxificavam as mulheres.

Elas estavam reagindo, todas as mulheres, até as mulheres do batalhão, estavam mais ariscas, se defendiam de ataques sexistas e machistas dos homens, sem medo de nada, ao que parece a justiceira trouxe uma revolução, ela não só matava homens abusivos, ela colava cartazes, dizendo para as mulheres não terem medo e denunciarem agressões físicas, psicológicas e tudo, dizia para as mulheres não terem medo, porque teriam apoio, eu não queria que isso acabasse, então tive uma idéia, que poderia me colocar em problemas, mas eu não ligava.

-Policial Lancellotti, venha até minha sala, por favor.

Fala o chefe, vou até a sala dele, com certeza já sabe sobre o que eu fiz.

-Sim senhor.

-Pode me explicar o que significa isso?

Pergunta ele colocando algumas fotos na mesa, nas fotos tinha alguns cartazes, que incentivava as mulheres a procurarem o CAM, Centro de Apoio a Mulher, mais conhecido como Centro Giulia D'Alencar.

-Nossa, parece que nossa justiceira, conhece o CAM.

-Maggie, isso é grave, se tem algo pra me contar, diga agora, você sabe quem é a justiceira ou justiceiro?

-Não, mas se soubesse, não lhe diria.

-Isso é ocultamento, e poderia ir presa por estar acobertando um criminoso.

-Nada que já não tenha acontecido aqui e em outros batalhões, mas não senhor, não faço nem idéia de quem ela seja, mas o que tem de errado, em incentivar as mulheres a irem ao CAM, que foi fundado justamente com esse propósito, de ajudar as mulheres.

Infiltrada - Operação Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora