Capítulo Bônus

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Meses depois

—Nik, acorda.

—Que foi amor?

Pergunta ele sonolento.

—Levanta, a bolsa estourou.

—Nós compramos outra...ah meu Deus, a bolsa estourou, ela vai nascer.

Fala ele praticamente dando um pulo da cama.

Começo a rir, meses já se passaram, Nikolai, Serguei e Annie já estavam bem adaptados a nova rotina, ao país diferente e idioma diferente.

Compramos uma casa no mesmo bairro que meus pais, então eles não saiam de lá e eu não saia da casa deles, minha madrinha, Sophia e a tia Claire, mãe dela, também não saiam de casa, e olha que a bebê nem nasceu, quero só ver depois, alguns meses depois que voltei pra Itália, fui até o batalhão de polícia onde trabalhei e fiquei feliz com o que vi por lá, havia uma mulher comandando o batalhão e muita coisa tinha mudado, as mulheres já não eram mais a minoria, e elas deixavam os homens no chinelo.

Nikolai estava no processo de trazer a indústria Koslov para a Itália, depois que ele conseguir de volta a empresa, ele tirou o sobrenome do Ivan e deixou só o dele, o escritório da empresa, a parte administrativa, ele já havia transferido, já a indústria fica pronta em menos de 1 ano, o que seria bom e traria muitos empregos para a cidade, eu voltei a trabalhar no Centro de Apoio a mulher, até decidir o que faria da minha vida depois do nascimento de Giulia.

—Amor, não brinca assim não.

—Não tô brincando não, a bolsa estourou de verdade, olha.

Acendo o abajur meu lado da cama tava todo molhado.

—Aí merda, amor, mas porque parece tão calma?

—Eu tô calma, até às contrações começarem, por enquanto tá tudo certo.

—Tá legal, vamos para a maternidade.

—Vou tomar banho.

—Vou te ajudar.

—Amor, eu consigo sozinha.

—Não fica calma assim, que eu fico nervoso.

—Eu que vou parir não você, se me deixar nervosa eu vou descontar tudo em você, relaxa ok.

—Tá bom, eu vou tentar.

—Até parece que é você que vai parir, eu em!

Ele me ajuda a ir para o banheiro e me ajuda a tomar banho e então as contrações começa, dou um grito de dor e ele se assusta, é tão engraçado que começo a rir.

—Maggie, pelo amor de Deus, não faz mais isso não.

—Eu tô parindo uma criança, não sei se percebeu.

—Você tá fazendo graça.

—Não tô não, as contrações estão começando, mas foi engraçado sua cara de susto, não me aguentei.

—Me mata do coração e deixa nossa filha sem pai mesmo.

Rio da cara dele, termino o banho rapidamente, as contrações começam novamente, Nikolai já liga para os meus pais avisando que estamos indo para a maternidade, mesmo eles não podendo ir, por ser de madrugada, queriam estar a par de tudo.

—Que grito foi esse querida?

Pergunta Annie.

—Eu vi as luzes se acenderem e vim ver se precisavam de algo.

Infiltrada - Operação Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora