capítulo 31

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Maggie

Quando os seguranças de Nikolai derrubam a porta e eu o vejo, sinto um alívio que nunca senti antes, primeiro eu queria gritar com ele, por me meter nessa roubada, mas que culpa ele tinha também, eu me envolvi em tudo aquilo, eu quis ajudar ele, quem iria saber que o tal do segurança traidor, tinha um filho, que queria se vingar da morte do pai, e que viriam justo atrás de mim, por achar que eu sou a garota do Nikolai, e eu que achava que o único problema que eu teria, seria lidar com Nikolai e o tio dele, mas não, os problemas deles vinham com um combo, da qual eu seria envolvida claramente, se os inimigos dele, me visse com ele, era o pensamento mais óbvio, achar que sou a garota dele, quem é que não pensaria nisso?

Não sei se isso poderia afetar de alguma forma, minha posição como agente, talvez não, eram só consequências do meu trabalho, ou eu os eliminava, ou eles me eliminavam, era eu ou eles, e não tinha meio termo, depois de atacar um deles, por tentar tocar em mim, de maneira íntima e pervertida, os outros dois, me atacam, a única coisa que encontro é uma caneta e uma faquinha de serra, eu só precisava atingir a artéria carótida deles, depois os outros três vem pra cima de mim, me amarram, e depois me batem sem dó, eu estava pensando em como iria escapar dali, quando Nikolai aparece.

Apesar de meu treinamento, ter me preparado para tudo, dava um certo medo, eu tinha medo de morrer, não criaram uma máquina, apenas uma agente muito bem treinada, mas que tem sentimentos, que também chora, que também sente, e eu senti muito medo, enquanto eles me batiam, mas acho que eu sabia muito bem, como controlar aquele medo, se eu me desesperasse, e mostrasse pra eles, que estava com medo, seria muito pior.

Nikolai foi muito gentil, ao me oferecer hospitalidade, eu aceitei, claro, primeiro porque eu estava sem porta, e segundo que a idéia dele mandar limparem meu apartamento, sem eu ter que fazer isso, era boa, por mim, eu deixava tudo como estava, comunicava a CIA, eles fariam o resto, mas isso levantaria suspeitas, então, aceito a hospitalidade.

Logo que chegamos na casa dele, ele me leva até um quarto, as paredes eram pretas, o quarto era todo preto, mas tinha uma iluminação muito boa, e era lindo, havia uma enorme cama, ele me deixa lá e sai, vou ao banheiro que também era preto, tiro a roupa e já entro, e enquanto a água caia sob meu corpo, eu refletia sobre os últimos acontecimentos.

Depois de um banho bem relaxante, saio do chuveiro, visto minha roupa de dormir e me deito na enorme cama, ela é muito confortável, mas eu não estava conseguindo dormir, então, me levanto e decido ir até a cozinha beber água.

A casa é enorme, e acabo me perdendo.

—Esta perdida moça?

Pergunta alguém, me assusto e me viro, era uma senhora, aparentava ter seus 50 e poucos anos de idade.

—Pra ser sincera, sim.

—Deve ser a senhorita Hoffman!

—Sou!

—O senhor Koszlov, fala bastante sobre você, eu sou Anna Petrova, onde quer ir, eu levo você!

—Gostaria de ir até a cozinha, a senhora disse Petrova, é a esposa do senhor Serguei?

Começamos a andar.

—Sim, sou eu mesma, ele contou como foi corajosa e salvou a vida do menino Nikolai, ele é muito grato a senhorita e eu também, o senhor Kozlov é muito especial pra nós.

—É mesmo, conhecem ele há muito tempo?

—Muito, desde que ele ainda estava na barriga da mãe dele, nós trabalhávamos para os Kozlov's quando eram vivos, eu peguei aquele garoto no colo, dei banho nele.

Infiltrada - Operação Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora