Infiltrada - Operação Máfia Russa

capítulo 29

—Você realmente se passou por enfermeira?

—Sim, foi até mais fácil do que eu imaginei que seria.

—Ninguém desconfiou de nada?

—Não, ele já estava doente, poderia poderia morrer a qualquer momento, só adiantei o processo.

—Eu estou começando a acreditar de verdade!

—Acha que eu não seria capaz?

—Não, acho que você seria muito capaz, mas é que você tem cara de ser tão certinha, tudo bem que matou meu segurança, e aquele cara, mas...

—Mas não acha, que eu seria capaz de, premeditar a morte de alguém.

—É isso, no calor do momento, para se salvar, tudo bem, mas planejar a morte de alguém, não tem cara que faria isso.

—Você não tem cara de cafetão, e nem cara de mafioso, mas você é, as aparências enganam, acho que temos outra coisa em comum.

—Você realmente, não é uma mulher frágil e inocente!

—Não, eu não sou, mas para conseguir o que quero, eu posso fingir ser.

—Não tentou isso comigo!

—Por que é dessas que você gosta, e minha intenção, nunca foi chamar a sua atenção pra mim.

—É aí que você se engana, foi justamente o seu jeito não frágil, e não inocente, que fez eu virar toda minha atenção pra você.

—Então eu falhei?

—Totalmente, conseguiu toda minha atenção e a minha admiração.

—A pessoa te diz que matou alguém, por vingança e você simplesmente diz que admira ela, não entendo.

—Porque eu também não sou um santo, aliás, estou bem longe disso, e encontrar alguém com quem eu me identifico, é muito satisfatório.

—Já matou alguém por vingança?

—Já, e eu não me arrependo e você?

—Não, inclusive faria de novo, realmente não somos tão diferentes.

—Não, não somos.

Termino de lavar a louça, entrego pra ele o último prato, ele seca e coloca na bancada da pia.

—Muito obrigada, por me ajudar.

—Foi divertido!

Fala ele sorrindo, acabo mordendo os lábios sem me dar conta.

—Se fizer isso de novo, juro que não respondo por mim.

—O que eu fiz?

—Me olhou de cima em baixo e mordeu os lábios!

—Meu Deus, eu fiz isso, nossa, foi involuntário, desculpa, as vezes eu não consigo me controlar.

Ele se aproxima e eu me afasto, por que é tão difícil resistir, mas que droga.

—Eu juro que em outras circunstâncias, eu não pensaria duas vezes em transar com você, mas facilita pra mim, por favor, eu não posso.

—Por que você dificulta tanto isso, eu sei que você me quer, seu corpo diz isso!

Sussurra ele no meu ouvido.

Por pouco não deixo escapar um gemido.

—Sim, eu quero, mas não posso, já disse que em outras circunstâncias, isso seria incrível.