Capítulo 69

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—Quando foi isso, Annie?

—Tem menos de 20 minutos.

—Se ela estiver com o relógio ou o colar, eu consigo rastreá-la.

—Colocou um rastreador nela?

—Eu dei um rastreador pra ela, ela só não sabe.

—A localização dela, está há uns 5 km, daqui, senhor.

Fala Brad me entregando o ipad.

—Impossível, não tem como ela andar 5 km, em menos de 20 minutos, isso está errado.

—Ela pode ter pegado carona de carro, com alguém.

—Os batimentos dela não estão normais, está muito acelerado.

—Ela pode estar correndo.

—Não, está se movimentando rápido demais, muito rápido, ela não está a pé, vamos, precisamos encontrá-la.

—Querido, cuidado para não se meter em confusão, e se ela já estiver com os amigos da CIA?

—Eu vou correr o risco Annie, mas com o filho daquele segurança traidor dando sopa por aí, não da para arriscar.

—Tudo bem, só toma cuidado para não colocar suas vidas em perigo.

—Tá bom Annie.

Entro no carro, e saímos, levo vários seguranças juntos.

Nesse momento, meu celular toca.

—Alô.

"Senhor Koslov, aqui quem fala é Gina, amiga da Emma, como vai?"

Só poderia ser o contato dela na CIA.

—Gina, né, vou bem e você?

"Bem, tem uns dias que estou tentando falar com a Emma, e não consigo, me lembrei que seu número ficou salvo no meu celular, está tudo bem?"

Se ela está perguntando por Maggie, então significa que Maggie não havia se comunicado com ela ainda ou talvez sim, mas vou seguir o teatro dela.

—Está sim, ela perdeu o celular, por isso está sem se comunicar com você, espera só um minuto, vou ver se ela já saiu do banho...ela ainda não saiu, você quer esperar ou peço pra ela te ligar depois?

"Peça pra ela me ligar depois, eu vou aguardar o retorno, obrigada."

—De nada Gina.

Desligo o celular, se Maggie não estava com ela, ela só poderia estar com o filho do Christoff, e isso me deixava mais preocupado do que eu já estava.

—Mais rápido Brad, parece que ela está no píer 17.

—Sim senhor.

Ele aumenta a velocidade, e logo chegamos lá, mas não havia nada, nem um carro nada, apenas alguns containers.

—Não tem nada aqui.

—Olhem os containers, todos eles.

Os seguranças começam a vasculhar os containers, havia muitos deles, ajudo eles a vasculharem também.

—Senhor, já olhamos vários deles, e a maioria está vazio, ela não deve estar aqui.

Fala Wolf.

—O rastreador está dizendo que ela está aqui, ela tem que estar aqui.

—E se tiraram o relógio dela e o colar, podem ter jogado em algum lugar por aqui.

—Eu acho que não, senhor, os batimentos dela estão caindo muito, a pressão arterial também.

Fala Brad, pego o ipad da mão dele, e realmente estava caindo muito rápido.

—Seja lá se for ela ou não, vai morrer em menos de 3 minutos.

—Mas onde ela está, o rastreador está apontando especificamente para...

—O rio Hudson.

Merda.

—Impossível, tem uns quatro minutos que já estamos aqui, se ela estivesse lá, já teria morrido.

—O senhor disse que ela é uma agente, eles treinam mergulho e sobrevivência na água, com um bom treinamento, uma pessoa pode ficar até 10 minutos ou mais debaixo d'água, mas nem sabemos há quanto tempo ela está lá, e se ela estiver presa a alguma coisa, isso dificulta um pouco.

—Merda, eu vou descer lá.

—Deixa que fazemos isso, senhor, é fundo, essa água é gelada e está escuro lá embaixo.

—Não eu vou, pegue aquele capacete com uma lanterna e aquele óculos de mergulho.

—Ok, eu vou com o senhor.

Fala Wolf.

—Tá.

Eu sempre fui um ótimo mergulhador, e se tinha alguma possibilidade de Maggie estar lá, eu iria trazer ela de volta, só espero que não seja tarde demais.

Brad pega dois capacetes, que usávamos para ver uma obra que a outra empresa do Ivan fazia, os óculos, não sei o que faziam no porta malas do carro, mas seria bem útil agora. 

O rio Hudson, é conhecido como rio dos mortos, já que a quantidade de pessoas mortas encontrada lá, era surreal, quando alguém queria desovar um corpo, o primeiro lugar que pensavam era o rio Hudson, não é a alternativa mais inteligente, já que na maioria das vezes, eles eram encontrados, se quer desovar um corpo, e não quer que ninguém encontre, o rio Hudson, é o pior lugar.

Não espero por Wolf e mergulho na mesma hora, cada segundo conta, apesar da visibilidade não ser das melhores, dava pra ver alguma coisa, eu e Wolf nos separamos e vamos indo mais para o fundo, aquela parte do píer, é mais rasa, era nojento mergulhar lá? Sem duvida nenhuma, mais parecia um esgoto, do que um rio, mas eu jamais me perdoaria se Maggie morresse por minha causa.

A lanterna do Wolf vem bem no meu rosto, e depois ele aponta para um lugar, e lá estava ela, amarrada pelas mãos e os pés, com uma corrente e uma pedra, meu coração quase se parte ao vê-la daquele jeito, tão vulnerável, vamos até lá, e não conseguimos tirar a corrente, puxo ela pra cima, enquanto Wolf tentava levar a pedra, que não era nada leve, mas Wolf é um cara enorme, com uns 2 metros de altura, e com uns braços, de dar medo em qualquer um.

Mas dois seguranças pulam para nos ajudar, ela já havia perdido os sentidos, coloco ela deitada, faço respiração boca a boca e as massagens cardíacas, tentando trazer ela de volta, mas sem muito sucesso.

—Volta pra mim, Maggie, por favor.

Volto a fazer as massagens cardíacas, intercalado com respiração boca a boca.

—Senhor, os batimentos dela estão zerando.

Fala Wolf, entro em desespero.

—Não, Maggie, volta pra mim, por favor, volta pra mim.

—Ela se foi, senhor!

Infiltrada - Operação Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora