capítulo 43

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Enquanto ainda dirigia, ele faz uma ligação e coloca no viva voz.

"Fala!"

—Estou levando mais uma!

Fala ele.

"É bonita?"

—A mais linda de todas.

"Idade?"

—Acho que seus 25 ou 26.

"Sabe que ele gosta das mais novinhas, mas essa também vai servir, traga ela, e essa será a última desse mês, o chefe vai prepará-las para o leilão."

—Sim senhor, estamos chegando aí.

"Ok."

Ele desliga o celular.

—Você é tão linda, que vai ser a mais valiosa do leilão, quem sabe um sheik árabe, não a compra, vai ter uma vida de luxo.

Que nojo de ouvir aquele homem falar aquilo, espero que Sofia esteje bem, e que não seja ela, que foi encontrada no Rio Hudson.

Logo o carro para, fecho os olhos, o cara desce do carro, abre a porta, me tira de lá, e me coloca sobre seus ombros, arrisco abrir os olhos, estavamos no píer 17, era um local que o pessoal fazia eventos, mas também tinha vários barcos ali, e alguns conteirners.

Fecho os olhos de novo, quando ouço alguém se aproximar.

—Amarre as mãos dela, os pés, e a coloque com as outras, ela tem documento?

—Não, nada, disse que perdeu o documento nesse táxi, mas não encontrei nada, eu disse que estava comigo, e consegui atrair ela.

—É turista?

—Sim, veio sozinha.

—Deixe eu a ver, bonita.

Fala o cara erguendo meu capuz.

—Toma, sua parte, avise todos, que por enquanto, vamos parar, já temos bastante garotas, assim que voltarmos a ativa, entro em contato.

—Sim senhor, obrigado.

Ele me entrega para o cara e o ouço afastar.

O cara me leva para algum lugar, permaneço de olhos fechados, ouço alguém abrir uma porta, acho que era de um container, ouço choros e alguns gritos, o cara me coloca no chão, fico de olhos fechados, quando ouço a porta se fechar, abro os olhos e a cena que vejo era lastimável, havia várias garotas, que aparentavam ter seus 16 anos, algumas mais velhas, todas estavam apenas de calcinha e sutiã, e muitas delas choravam, tinha umas 30 ali, olho em volta, procurando por Sofia, e a vejo em um canto, encolhida, a reconheço, por conta da sua tatuagem no ombro, que era a mesma que eu tinha, que simbolizava a nossa amizade, fizemos juntas, quando completamos 20 anos, eu, ela e Giulia.

Só a reconheço pela tatuagem porque ela não era a única negra ali, parece que ali tinha garotas de todas as etnias.

—Sofia!

A chamo, nada dela olhar.

—Sofia!

Grito mais alto, então ela se vira.

—Maggie?

Tiro o capuz.

Vou as lágrimas, me levanto e vou até ela.

—Meu Deus, eu te encontrei, achei que tinha morrido!

Falo abraçando ela.

—Maggie, co...como chegou aqui, o que está fazendo aqui?

Infiltrada - Operação Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora