Capítulo 77

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—Mas que merda.

Falo me levantando quase num pulo, assim que olho no relógio, Nikolai ainda dormia.

—Nik, acorda.

—Me deixa dormir, Maggie.

—Já são quase meio dia.

—Não tem problema.

—Tem sim, levanta, nós dormimos demais.

—A culpa é sua.

—Minha não, sua, levanta bundão.

Ele se vira e me olha.

—O que, do que me chamou?

—Bundão.

—Vou te mostrar quem é o bundão.

Ele me vira na cama, e me faz cócegas.

—Não, Nikolai, para, para, eu preciso ir ao banheiro.

—Tá legal, parei.

Ele me solta, me levanto e vou para o banheiro.

—Bundão!

Falo, ele ri.

Faço minha higiene, escovo os dentes e saio, quando Annie bate na porta.

—Maggie, querida, está aí?

Coloco a blusa de Nikolai e vou abrir.

—Bom dia Annie, quer dizer boa tarde.

—Boa tarde querida, Nik disse algo se ia sair, fui até o quarto dele, mas ele não estava lá, será que ele dormiu fora?

—Serve aquele?

Falo abrindo mais a porta, e apontando para Nik, que estava com a escova de dente na boca, na porta do banheiro.

—Oi Annie.

—Ah, ok, já se resolveram, fico feliz por isso, o almoço já está pronto, como não foram tomar café, acredito que estão famintos.

—E como, eu comeria um boi inteiro agora.

—E quando é que você não comeria, né Maggie?

—Há há, muito engraçado, já vamos descer Annie.

—Ah, mais uma coisa, Natasha ligou, disse que ligou no seu celular várias vezes, mas não atendeu, disse que virá aqui mais tarde.

—Com certeza ela virá consolar o Nikolai, já que acha que ele estará de luto por mim, ou vai querer verificar se já encontraram meu corpo.

—Por que?

—Porque ela mandou me matar.

—O que, sério?

—É, ela mandou me amarrarem e me jogarem no rio, se Nikolai não tivesse me encontrado, eu seria apenas mais um, dos milhares de cadáveres no Rio Hudson.

—Ah meu Deus, essa mulher é terrível.

—Annie, ligue de volta pra ela, e diga que não estou em casa, não quero ver a cara dela.

—Não, não faça isso, deixe que ela venha, eu vou bater tanto naquela cara dela plastificada, que ela vai precisar fazer mais mil plásticas para tentar consertar, e ainda não será o suficiente, vou deixar ela tão deformada, que nem ela vai se reconhecer quando olhar no espelho.

—Isso eu quero ver, então não ligue, Annie, quero ver a cara de surpresa dela, ao ver a Maggie bem.

—Emma, pela amor de Deus, não vá me chamar de Maggie na frente dela.

Infiltrada - Operação Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora