Depois de registrarmos a ocorrência e liberar o corpo, saímos de lá e voltamos para o batalhão, encerramos o caso, e vou entregar meu relatório.
—E então senhorita Lancellotti, o que achou ao analisar o corpo, foi mesmo suicídio?
—O senhor está mesmo perguntando pra mim?
—É, como eu já disse, você é uma ótima investigadora, é muito atenta, rápida e precisa, soube que aquele crime se tratava de um feminicídio, assim que bateu os olhos.
—Pois é, mas qualquer pessoa que não fosse idiota, ia saber que aquilo era um feminicídio, me perdoe senhor, mas é que é a verdade, os sinais de luta, as unhas dela, com o sangue dele, por mais que tivesse sido apenas uma briga, o ambiente diz outra coisa, mas sim, o dele foi suicídio, nada fora do normal, pelo menos, não que eu tenha notado, observei a rua da casa e não tem nenhuma câmera, que possa dizer, se alguém esteve na casa dele, também não há câmeras dentro da casa, eu me certifiquei, claro que ele não iria querer provas do que fazia lá dentro com a noiva, eu analisei o computador, ao que tudo indica, ele usou a webcam, para gravar o vídeo, confessando o crime, Paul disse para trazer, caso a webcam tenha ficado ligada, e tenha gravado o que realmente aconteceu, mas não tem nada, mas vasculhando um pouco mais afundo, eu encontrei algumas fotos da garotinha, a filha dele.
—Mas isso é normal, eu também tenho fotos dos meus filhos no meu computador.
—Fotos nuas?
—Ah Deus, não!
—Uma foto ou outra da criança tomando banho, até vai, minha mãe tem fotos minhas tomando banho, quando era criança, mas não como as que tinham no computador, havia fotos de uma outra garotinha, um pouco mais velha, ela tem uns sete anos mais ou menos, eu investiguei, e a garota, é irmã do Franco Denalli, por parte de pai, é filha da atual esposa do pai dele, e eu te garanto, não eram fotos comuns, bom, aqui está o computador, o senhor pode ver por si mesmo, aquele cara era um pedófilo nojento, tenho certeza que pretendia fazer mal a filha, agora que não tinha mais a mãe para protegê-la, se alguém o matou, fez um favor pra todo mundo, e tem toda a minha admiração, e se um dia for presa, eu quero estar aqui, com a chave na mão para libertá-la ou libertá-lo, agora eu já vou.
—Vai sim, obrigado!
—As ordens senhor!
Termino meu turno e vou pra casa, o dia não poderia ficar melhor.
Chego em casa, e meus pais estavam na sala, vou até lá e cumprimento eles.
—Você parece feliz querida.
—Eu estou, hoje o dia foi muito bom.
—Será que um certo alguém tem parte nisso?
Pergunta meu pai, minha mãe com certeza já havia contado pra ele.
—Também, mas é que hoje, nós encontramos o corpo, do homem que matou a noiva, eu fui atender a ocorrência, e olha, foi satisfatório ver ele lá pendurado, no mesmo lugar que pendurou ela.
—Meu Deus querida, que horror, como pode achar a morte de alguém satisfatório?
—Nesses casos, eu acho bem satisfatório, mas aqui, cá entre nós, acho que alguém matou ele, vou ficar imaginado que foi mesmo isso, que meu dia fica 100% melhor.
—Você mudou muito, depois que entrou para a polícia, filha.
—É pai, percebi que o mundo não é cor de Rosa, e que pessoas boas, pagam preços altos, por conta de pessoas ruins, agora eu vou me arrumar, tenho um jantar pra ir.
Falo levantando.
—Então, resolveu perdoar o Sebastian?
—E aproveitar o sexo!
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Infiltrada - Operação Máfia Russa
RomanceDepois de perder a melhor amiga, para uma injutiça terrível, Maggie se torna policial, para tentar impedir que outras jovens passe pelo que sua amiga passou, mas depois de perceber que seus esforços, não estavam adiantando, Maggie resolve fazer just...