capítulo 5

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No dia seguinte

Acordo cedo, o pesadelo da noite anterior, ainda me assombrava, eu mal tomo café, hoje é minha folga, Sofia vai pra casa dela, e eu acabo voltando pra cama, a missa de Giulia será logo, e depois, minha família e a família de Sofy, vão almoçar na casa dos pais de Giulia, meus padrinhos.

Deito na cama e acabo dormindo de novo, acordo com minha mãe me cutucando.

—Querida, filha, levanta, vai se atrasar.

—Não quero ir mãe.

—Não quer ir, por que não quer ver o Sebastian, ou não quer ir, por que não quer ir?

—Os dois?

—Ah meu amor, você nunca perde uma missa, e sempre é a primeira a chegar.

—Eu tô mal mãe, vou começar a chorar, e não vou parar mais.

—Você é forte querida, todos estaremos lá com você, levanta-se e vá se arrumar.

Me levanto tomo um banho, e me arrumo.

Logo estávamos a caminho da igreja, eu estava tensa, em partes era por que veria Sebastian, nós ficamos juntos por 3 anos, a última vez que nos vimos, foi depois do enterro da Giulia, ele mal terminou comigo, só acordei no dia seguinte, e ele havia ido embora, ele se mudou para Portugal, e não voltou mais para a Itália, até agora.

Mas eu também estava tensa, pela missa, minha madrinha, sempre pedia para fazermos um discurso, e eu sempre chorava, mas terminava, mas hoje, eu estou tão mal, que não sei se conseguiria dizer uma só palavra, ainda mais pelo pesadelo que tive ontem, e o fato de ter sido eu a encontrar Giulia quase sem vida, e depois ver aquela mulher pendurada, me deixava pior ainda.

Chegamos na igreja, Sofia estava na porta me esperando.

—Ah, até que enfim você chegou, amiga, você está com uma cara péssima.

—É, eu sei!

—Tem algo que vai te animar, de só uma olhada naquele gostosão, menina Sebastian está um gato.

Fala ela apontando para ele que estava de costas, e conversava com alguém, o cabelo grande dele, era quase que uma marca registrada, Sebastian se tornou um homem muito lindo, não que já não fosse, mas agora estava bem mais lindo, alto, musculoso, olhos azuis, o cabelo até o começo dos ombros, ele sempre usou o cabelo assim, eu dizia que amava.

—Posso não falar com ele?

—Eu acho que não, porque ele está doido pra te ver e falar com você!

Fala minha madrinha chegando por trás de nós duas.

—Madrinha, Oi!

Falo abraçando ela.

—Oi, meu amor, sua mãe disse que não está se sentindo muito bem hoje.

—Muita dor de cabeça, o trabalho tem me deixado mais louca do que já sou.

Ela ri.

—Que isso querida, não fale assim, mas é sério, ele quer muito te ver.

—Eu duvido, em três anos, nunca me ligou, nem mandou uma mensagem sequer.

—Ligar ele ligou né, você é que não quis atendê-lo!

Fala Sofia.

—Ele me usou, como um brinquedo e depois me jogou fora, como um lixo, óbvio que não ia atendê-lo.

—Eu amava tanto ver vocês juntos, Sebastian era bem mais feliz quando estava com você, queria muito que tivessem ficado juntos, mas ainda não perco as esperanças, os dois estão solteiros, quem sabe.

Infiltrada - Operação Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora