capítulo 45

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—Melhor subir e tomar um banho quente, vou preparar algo bem quentinho pra você comer.

Fala a Anna.

—Vamos, eu te ajudo.

Fala Nikolai.

Subimos para o quarto, ele liga a banheira, depois se senta na cama e seca meu cabelo com a toalha.

—Você está melhor, a caminhada pelo menos te ajudou?

Com certeza ele falava sobre a suposta morte de Sofia, não tinha outro coisa.

—Sim, estou melhor, você me desculpa, de verdade?

—Já disse que sim, Em, eu te entendo, mais do que imagina, mas se tivesse dito, teria deixado você sair, sem seguranças, mas sabe que eu tenho medo por sua segurança, não sabe, sei que parece que estou te aprisionando aqui, mas não quero que nada te aconteça.

—Eu sei, e te agradeço por isso, mas quero que me desculpe, por colocar seus homens atrás de mim, por todo esse trabalho que teve.

—Eu iria até o fim do mundo, para te encontrar.

—Não fala isso, que eu vou sentir que sou especial para você!

—Você é especial para mim!

Levanto a cabeça e olho pra ele, ele olha bem dentro dos meus olhos, e eu nos dele.

—Sou?

—Mais do que imagina, agora vem, precisa de um banho quente, urgente.

Ele me puxa pela mão, e me leva para o banheiro

Tiro a roupa e entro na banheira, ele fica parado na porta me olhando.

—Vai ficar aí, só me olhando, não quer entrar?

—É tentador, mas não, você precisa relaxar, mas, vou ficar aqui, com você, agora, estou impressionado em como você invadiu o sistema de segurança da casa, desligou as câmeras e tudo.

—Digamos que é uma das minhas habilidades.

—Excepcionais por sinal, você tem muitas habilidades.

—Eu só me esforço muito, em tudo o que faço.

—Eu percebi, mas não deve ter saído pelo portão, alguém a teria visto, sem contar, que quando a energia é desligada, não tem como abrir os portões, e se tentasse abrir eles manualmente, alguém a veria, ou escutariam o barulho.

—Eu escalei o muro!

—Você é uma ninja, e eu não sei?

—Só sou muito ágil, quando era criança, muitas vezes, meu pai não me deixava sair, aí eu costumava pular o muro de casa, para ir brincar com meus amigos, já desloquei o braço, umas duas vezes e torci o pé, tantas vezes que nem se pode contar.

—Então quer dizer, que eu não conseguiria te manter presa aqui, nem se eu quisesse?

—Não, eu já teria fugido há muito tempo.

—Bom saber disso!

—Eu sei, pode dizer, eu não sou normal.

—Você é normal, mas é muito rebelde, odeia andar com seguranças, mesmo que isso vá te proteger, e gosta de fugir, na calada da noite, foi assim quando nos conhecemos, saiu sem dizer nada.

—Mas eu saí de manhã, não na calada da noite.

—É, mas ainda assim, saiu sem dizer nada, quando for embora, vai ir assim também, sem dizer nada?

Infiltrada - Operação Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora