capítulo 37

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Maggie

Mais tarde na hora do jantar, o telefone de Nikolai toca e ele atende ali mesmo.

—Nikolai, sim, pode falar, ok, tudo, não deixou nada para trás, tudo bem, se algo mudar, você me liga, obrigado!

Ele desliga o celular e me olha.

—Pronto, não vão encontrar nada sobre você lá, já pode ficar tranquila.

—Como esse cara pode burlar, o sistema da CIA dessa forma?

—Ele é muito bom no que faz, e a sorte estava do lado dele, ou melhor, do nosso, vamos ficar fora do radar deles por um tempo.

Suspiro aliviada, pelo menos por enquanto meu disfarce está seguro.

Logo que terminamos de de jantar, vamos para o quarto, quando vejo uma caixa em cima da cama.

—O que é isso?

—Disse que queria ver fotos da Anika.

Ele se senta na cama, me sento também.

Ele pega a caixa, e a abre.

Havia várias fotos lá, ele pega uma, onde havia uma garotinha linda, era a versão dele feminina.

—Essa é a Nika!

Ele me entrega a foto, a garotinha corria em um quintal, com os braços abertos.

—Ela era linda!

—Sim, ela era, Nika era a luz da minha vida, eu me odeio por não ter conseguido salvá-la.

—Você fez o que pode, não pode se culpar pra sempre.

Digo tocando o ombro dele.

—Eu sempre vou me culpar, mas meu ódio é  ainda maior por quem...

Ele para de falar na mesma hora.

—Esses eram meus pais.

Fala ele pegando uma foto, e mudando de assunto, para não forçá-lo a falar o que não queria, entro na dele.

—Você é muito parecido com seu pai.

E então ficamos vendo algumas fotos, e ele lembrando sobre a família, ele não fala muita coisa, mas estava a vontade para falar sobre a irmãzinha.

—Disse que não gostava de falar sobre sua irmã, mas me contou bastante coisa dela, para mim.

Falo quando já estávamos deitados.

—Eu me sinto a vontade com você, para falar sobre ela.

—Fico feliz por isso.

Dois dias depois

Dois dias já se passaram, e eu ainda estava na casa de Nikolai, e não saía pra nada, basicamente pra nada, pra não dizer que não sai, fui a uma loja, comprar roupas, já que as minhas tinham pegado fogo, Nikolai fez questão de pagar tudo, e fui ver outro apartamento para alugar, não ia ficar morando na casa dele, óbvio, pretendia ir a outro lugar, mas o segurança dele, percebeu que estávamos sendo seguidos, e resolveu me levar de volta.

—Você parece bem entediada aqui.

Fala ele, quando estávamos jantando.

Acabamos tendo uma aproximação bem legal, passávamos bastante tempo na sala de jogos, na cozinha, na piscina, ele não se abria sobre sua vida pessoal, e também não perguntava sobre a minha, o que eu acho bom, nós sempre conversávamos sobre coisas aleatórias, tipo, culinária, cultura, países que gostaria de visitar, essas coisas, e ríamos bastante, ele dizia umas coisas bem engraçadas.

Infiltrada - Operação Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora