capítulo 7

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Saio de casa e vou pra casa de Sofia, mas antes passo rapidamente na casa de construção, que estava prestes a fechar.

—Pois não senhorita, o que gostaria?

—Meu Deus, ainda bem que cheguei a tempo de fechar, eu preciso de uma pá, um par de luvas, e uma corda.

—Vai enterrar alguém?

Pergunta o vendedor com ar divertido.

—Essa é a intenção, o que acha melhor, enterrar vivo, ou enforcar em uma árvore?

—Se não quiser que achem o corpo, enterre vivo, senão, pendure-o ou pendure-a, em uma árvore.

—Acho que vou enterrar vivo, apesar que dá mais trabalho.

—Você fala de um jeito tão sério, que eu iria acreditar, mas não tem cara de quem mataria alguém.

—Eu sou policial então, matar alguém, ainda mais alguém que ameaça o bem estar e a segurança de outras pessoas, faz parte da minha profissão, mas estou brincando, não vou precisar da pá, apenas da corda e da luva, meu pai vai começar uma obra em casa, e esqueceu das luvas e da corda, o que ele vai amarrar com essa corda eu não sei, só sei que ele me pediu para comprar isso faz tempo, e só me lembrei agora, você é minha única salvação.

—Relaxa, ficamos abertos até as 20:00, se precisar de alguma outra coisa, corra aqui, essa é uma das melhores cordas que temos, bem forte e aguenta muito, provavelmente seu pai vai usar para carregar baldes de cimento ou outras coisas, para algum andar, essa é a que mais sai por aqui.

—Está perfeita.

Ele me entrega a corda e as luvas, pago e vou pra casa de Sofia.

—Maggie, o que faz aqui, e está vestida como uma motoqueira sexy!

—Vim jantar e te ver, precisava sair um pouco de casa, esfriar a cabeça, oi tia Grace.

Falo assim que a vejo.

—Maggie, querida.

—A senhora se importa se eu jantar aqui?

—Não, de maneira nenhuma, até melhor, que você faz companhia para a Sofy, eu e Francesco vamos sair para jantar fora, aliás, já estamos atrasados, aproveitem.

Nos despedimos dos dois.

—Por que não avisou que viria, eu disse ao João para vir aqui.

—Não vou atrapalhar vocês, vou embora logo, preciso passar em um lugar, ver alguém.

—Hum, é esse alguém por acaso se chama Sebastian?

—Talvez!

—Eu disse que não ia resistir, ao charme do italiano gostosão, por isso está vestida assim.

—Bom, eu tô muito afim de transar, e já que ele tá aqui, por que não aproveitar né?

—É, errada não tá, mas você o ignorou o dia todo, aí vai chegar na casa dele, e dizer, oi, eu só vim aqui para transar, acha que ele vai querer?

—É só eu ficar nua na frente dele, e ele vai ficar mudo.

—Disso eu tenho certeza.

Rimos, logo pedimos uma pizza, não demora muito e João chega, fico um pouco ali com eles, e depois coloco meu plano em ação, eu estava tremendo de nervosismo, mas meu ódio era maior, eu iria fazer aquilo, e no momento, ninguém poderia me impedir.

Vou para a delegacia, estaciono longe, onde sei que não tem câmeras e olho no relógio, faltava pouco para às 22:00, 22:00 em ponto, ele é liberado, o sigo até sua casa, o advogado o deixa lá, e vai embora.

Infiltrada - Operação Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora