capítulo 12

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Dois dias depois

—Boa noite, eu sou a enfermeira, que solicitaram.

—Boa noite senhorita, me acompanhe, por favor!

—Claro!

Sigo o guarda para dentro da casa, claro que eu não ia ficar de braços cruzados, eu tinha que fazer alguma coisa, e só me passava uma coisa pela cabeça, acabar de uma vez por todas com ele.

O guarda me deixa na sala.

—Só um minuto, o senhor Abruzze já vem.

—Tudo bem, eu espero.

Espero por alguns minutos, e logo ele aparece, me dá até enjoos de vê-lo, tinha que me controlar, para não matar ele ali mesmo, bem na frente do guarda.

—Boa noite, você deve ser a Giulia.

—Boa noite, senhor Abruzze, sou eu mesmo, vou acompanhá-lo daqui pra frente.

—Você é bem mais bonita do que eu pensava.

Nojo desse homem, ele parecia bem, para alguém que estava doente.

—Que bom que aceitou vir agora a noite, eu preciso de um medicamento, senão, não consigo dormir.

—Imagina, estarei sempre disponível, então vamos lá, ainda tenho um paciente essa noite, eu li em sua ficha médica, que o senhor está com início de câncer de próstata e incontinência urinária, como vai o tratamento?

—Irei dar início amanhã, me acompanha, boa noite, Ciçero, e obrigado.

Fala ele para o guarda.

—Boa noite, senhor Abruzze, durma bem.

Acompanho ele até seu quarto, ele fecha a porta e se senta na cama.

—Disse que se chama Giulia, conheci, uma jovem que se chamava Giulia, ela era linda!

—Era?

—Sim, ela morreu.

—É mesmo, o que ela era sua?

—Minha aluna, uma das melhores aliás.

—Do que ela morreu, se me permite saber?

—Disseram que foi...acidente de carro.

—Ah, é mesmo?

—Sim, uma pena, por que me é tão familiar?

—Sou?

—Sim, tenho a impressão que a conheço de algum lugar.

—Me acham parecida com várias pessoas, pode se deitar, por favor?

Ele se deita.

—Estica o braço, isso, vou aplicar o medicamento e vai dormir em poucos minutos.

Abro a minha maleta, e tiro a seringa de lá, encontro a veia que tinha que aplicar e aplico.

Me afasto e observo o medicamento fazer efeito, em poucos segundos, ele já estava com falta de ar.

—O...o que você fez comigo, eu não...não consigo respirar!

—Eu tinha pensado em uma morte indolor, mas você não merece, depois do que fez com a minha amiga, se lembra dela né, Giulia era o nome dela, você a estuprou e a matou sem piedade nenhuma, eu não terei com você.

—Vo...você é...é a Maggie!

—Sim, eu sou a Maggie, e eu disse que se um dia saísse da prisão, eu mesma ia te matar, em poucos minutos, seu diafragma e seus pulmões estarão paralisados, e vai cessar sua respiração, mas antes, você vai sofrer um pouco, sem poder fazer nada, depois eu vou aplicar em você outro medicamento, induzindo a parada cardíaca, como o senhor já tem problemas cardíacos, será como se tivesse sido morte natural, mas ambos sabemos que não será morte natural, só não vai contar a ninguém, ah claro, os mortos não falam.

Infiltrada - Operação Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora