capítulo 81

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Terminamos de almoçar e logo Ivan e Natasha vão embora.

-Maggie, por que está tão inquieta?

Pergunta Nikolai, estávamos no escritório, ele estava na mesa, e eu sentada no sofá, mexendo as pernas e olhando pro nada.

-Estou?

-Está, desde que Ivan e Natasha se foram, o que está te afligindo?

-Eu acho que eles sabem, sobre mim.

-Não, eu acho que não.

-Então por que estou com essa sensação estranha?

-É medo, eu já passei muitas vezes por isso, sempre ficava imaginando que Ivan já sabia sobre mim, mas ele não sabe disfarçar como nós, Ivan é muito transparente, se ele soubesse, ele iria demonstrar, mesmo que sem querer, ele não iria saber disfarçar a raiva, e Ivan não é desses que esperam por provas, se ele soubesse, já estaria morta há muito tempo.

-Tudo bem, você o conhece, se está dizendo, eu confio em você.

Ele se levanta, vem até mim e se senta ao meu lado.

-Relaxa, tá bom, logo isso vai acabar, falta pouco pra eu destruir o Ivan, mas, como uma agente fodona da CIA, que tem vários contatos e benefícios, você poderia agilizar.

-Ah, olha só, agora quer me usar.

-Você me usou, e agora eu vou te usar.

-Não pode usar isso contra mim.

-Eu posso sim.

-É, você pode, droga, tudo bem, vou ver o que posso fazer por você, mas do que exatamente precisa?

-A CIA tem várias provas de que Ivan é um merda, se eu juntar com as que eu coletei ao longo dos anos, vai ser mais fácil de acabar com ele.

-Uma pergunta, por que está tão empenhado em conseguir provas contra ele, se no final, vai matá-lo?

-Eu não vou matá-lo.

-Você vai sim.

-É, tá legal, eu vou, mas a KGB e a CIA, não sabem disso, vamos dar as provas pra eles, e deixá-los felizes, vamos deixar eles achando que vão colocar ele numa prisão de segurança máxima no Himalaia ou seja lá onde pensam em prender ele.

-A CIA com certeza sairia ganhando nessa briga, já que estamos em território americano, talvez fariam um acordo entre eles, para ver quem ficaria com Ivan.

-Então que bom que vamos facilitar o trabalho deles, nem pra CIA, nem pra KGB, para não ter briga.

-Nós estamos falando sobre matar alguém, como se isso fosse normal.

-Não é como se fosse sua primeira vez, é mais experiente nisso, do que eu.

-Eu duvido.

-Pois não duvide, não gosto de sujar minhas mãos, prefiro que alguém faça isso por mim, e pago muito bem.

-Dinheiro gasto a toa, sendo que você mesmo pode fazer o trabalho.

-Não tenho sangue tão frio assim.

-Vindo de alguém que torturou Dimitri por o que, três dias?

-É, mas não foi eu.

-Mas estava lá, então seu argumento não é válido, é tão sanguinário, quanto qualquer um.

-Tá legal, se isso faz você se sentir melhor.

-Tô bem melhor, obrigada, vou ver como posso pegar as provas contra Ivan, sem levantar suspeitas.

Infiltrada - Operação Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora