LEGACIES
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⋆ | Querido Diário,
O meu mundo mudou assim que meti ambos os pés em Mystic Falls. A realidade da vida, não é nada do que eu julgava. As histórias são reais e eu descobri isso da pior forma...
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Querido Diário,
A viagem até Geórgia passou rápido e, apesar do calor insuportável, consegui manter-me ocupada a ler o último livro que o meu pai me ofereceu no aniversário: Orgulho e Preconceito. Só mesmo ele para me oferecer um livro que vou ser obrigada a ler na escola!
Mas vá, admito que estou a gostar do clássico de literatura, apesar da relação meio tóxica entre as personagens principais. Nunca aceitaria que alguém me tratasse da forma como Mr. Darcy lida com Elizabeth. Que homem rude e com falta de tapas na cara!
Para mim, ler sempre foi mais do que um hobbie, sendo curiosa como sou adoro entrar na história. Sinto como se lá estivesse mesmo e pudesse escapar daquilo que é a minha patética realidade.
A minha mãe diz que tenho um "grave" problema com livros, alegando que o culpado é o meu pai que compactua com todos os meus pedidos.
Pode-se dizer que sou uma menina do papá e tenho orgulho disso, não há que ter vergonha de uma relação tão saudável entre pai e filha. Já tenho saudades deles, incluindo dos pirralhos dos meus dois irmãos mais novos: Jenna e Grayson... São tudo para mim.
Sobre Mystic Falls, são muito poucas as recordações que tenho da cidade, mas à medida que a camionete atravessa a mesma, há pontos que reconheço: como a grande praça da Justiça, alguns dos negócios que nela existem – como o antigo consultório médico da minha mãe. Na praça é onde se localiza também a delegacia, o Mystic Grills e até mesmo a torre do relógio.
Não tenho expectativas para esta viagem, fiquei surpresa que o meu tio me convidassem para vir aqui nas férias de verão, apesar de achar que isto tudo de deve ao incidente na minha escola. Costumo vê-lo e às minhas primas apenas em épocas festivas, como o natal e assim. Não me estou a queixar, porque os adoro, mas sei lá... Acho que há alguma segunda intenção.
O que me deixa mais desconfortável é estar numa cidade que já foi a minha casa e ao mesmo tempo tudo parece tão desconhecido. Sinto-me até desprotegida e vulnerável, odeio isso.
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Stefanie percebe a camionete a parar e guarda apressadamente na bolsa a sua caneta da sorte e o diário oferecido pela sua mãe. Inicialmente, não achou piada nenhuma à ideia de escrever tudo o que acontece no dia, até porque muitas vezes não acontecia nada de novo, mas com o tempo ganhou o hábito e percebeu que havia muita coisa que não prestava atenção.
