23. 𝒪 ℛℯ𝒸ℴ𝓂ℯ𝒸̧ℴ ☾

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Querido Diário,

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Querido Diário,

O tema de hoje é "começar de novo". Em teoria, é algo simples de se fazer. Colocas o passado para trás de ti, pegas em tudo o que aprendeste e começas outra vez. Simples, certo?

Não.

Não é tão simples ou fácil como soa ou como todos fazem parecer. Seguir em frente significa deixar coisas e, em especial, as pessoas irem. Coisas e pessoas essas que são familiares, fáceis, seguras. Coisas que importam e que são especiais para nós... Não há nada tão difícil como isto.

Consigo meter-me nos sapatos de Benjamin e perceber o sofrimento que ele está a passar. Não só pelo que me fez, mas também pelas coisas horríveis que fez a muita gente inocente. Apesar de o conseguir fazer, nunca passei por tal coisa, então só ele sabe ao certo o que vai na sua mente.

A sua decisão está tomada: não consegue, nem vai, aproximar-se de mim. Quer proteger-me dele próprio e eu só tenho de respeitar isso.

Tudo é temporário, disse-me Jo na noite passada enquanto me abraçava com força, ainda estava eu sentada sobre a cama da enfermaria.

Talvez ela e Hope tenham razão.

Não vou perder a esperança de que um dia, longínquo ou não, eu e Benjamin seremos o que eramos ou até mais. Ele pode pensar que não, pode estar tão perdido como eu, cego pela ideia da sua fraqueza emocional, mas é forte. Só queria puder estar perto dele e mostrar-lhe que juntos conseguimos tudo, inclusive superar o passado.

Por enquanto, apenas posso fazer uma coisa – Recomeçar.

Hoje, é segunda feira. Não conheço ninguém que goste deste dia, pois marca o começo da semana e vê o quanto isto é irónico Diário...

Hoje começo de novo, numa segunda feira, na Escola onde sempre sonhei estudar e no meu primeiro dia de aulas.

O Destino tem um senso de humor muito retorcido.

Lembro-me de ter lido em algum dos milhares de livro que já li, alguém que disse: "Não podes voltar a Casa de novo".

Na altura, achei aquela frase estranha e até sem sentido quando todos os dias, independentemente do que acontecesse ao longo do dia, retornava a casa para junto dos meus pais e irmãos.

Depois de uma breve reflexão entendo que a casa pode não ser aquela onde sempre vivemos, onde faria sentido ficarmos para sempre. Isto porque, cada vez mais faz sentido que eu possa já estar em Casa, em Mystic Falls e não em NY...

A minha Casa é minha cidade natal, com as pessoas que me rodeiam e que se tornaram parte da minha família.

A antiga casa dos meus familiares, onde os meus pais viveram e onde hoje vivem centenas de alunos de todas as idades e de diferentes fações sobrenaturais, é, desde o primeiro dia que aqui meti os pés, onde penso "é aqui que pertenço" – mesmo quando não fazia ideia da realidade do mundo.

Os Dɪᴀ́ʀɪᴏs ᴅᴇ Sᴛᴇғᴀɴɪᴇ Sᴀʟᴠᴀᴛᴏʀᴇ || LegaciesOnde histórias criam vida. Descubra agora