LEGACIES
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⋆ | Querido Diário,
O meu mundo mudou assim que meti ambos os pés em Mystic Falls. A realidade da vida, não é nada do que eu julgava. As histórias são reais e eu descobri isso da pior forma...
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Após longas horas inconsciente, Stefanie dá sinais de estar a acordar.
Um simples movimento da perna esquerda da Última Viajante é o suficiente para Hope acordar do seu sono leve. Receosa com o que vai encontrar, a Mikaelson sai da cama de Ethan, que emprestou a mesma às garotas pelo resto da madrugada, e senta-se junto do corpo da morena. De forma carinhosa e calma, Hope segura uma mão de Stefanie e acaricia o topo da mesma, em movimentos circulares. Com a mão livre, retira uns fios de cabelos que atravessam o rosto da Salvatore.
- Hope? – O rosto da tri-híbrida é a primeira coisa com que se depara. Stefanie franze o cenho, ainda num estado entre a inconsciência e a consciência. Está tudo muito confuso e muitas memórias afloram na sua mente. Algumas lembranças que lhe passam pela mente nem fazem sentido, que parecem de outra pessoa. – O que...? – Grunhe e leva a mão que Hope não segura à testa. Está com uma dor de cabeça insuportável e parece que todo o seu corpo foi atropelado por um camião.
- Estás bem? O que sentes? – A ruiva sente-se aliviada por a coloração dos olhos azuis de Stefanie terem voltado ao normal. O preto, que tanto a desesperou, desapareceu por completo.
- Parece que estou a chocar uma gripe e que estou com a maior ressaca da minha vida. Ao mesmo tempo. – Stefanie abre só um olho e, enquanto se senta na cama com ajuda de Hope, olha à sua volta.
Um tom rosado pinta as suas bochechas pálidas ao aperceber-se que não está no seu quarto. Imagens das mãos de Ethan a vaguear pelos cantos do seu corpo, dos lábios dele quentes e húmidos a beijá-la de uma ponta à outra e o brilho de luxúria nos olhos do humano passam como flashes pelos seus olhos.
Porém, o mais confuso de tudo é que essas memórias acabam aí.
- Aconteceu alguma coisa. – A dos olhos glaciares encaram a ruiva que imediatamente desvia os seus para as mãos das duas, ainda juntas. – Hope, diz-me o que aconteceu. As memórias que tenho não fazem sentido nenhum.
- Do que te lembras?
- Estava com o Ethan, aqui, nesta cama e depois parece que o meu corpo desligou. Lembro-me de sentir uma intensa dor de cabeça e depois... - Stefanie faz uma pausa, esforçando-se para relembrar. – Estou numa floresta, está escuro, muito escuro, e estou a correr atrás de alguma coisa com uma arma na mão. Atrás de mim e a embater nas árvores que me rodeiam piscam luzes vermelhas e azuis. Um rádio no meu ombro faz um barulho de estática e logo depois escuto uma voz a chamar-me... Não. – A mão de Hope aperta a de Stefanie que fecha os olhos e nega com a cabeça. – Não é o meu nome. Penny? – Engole em seco e faz uma pausa, totalmente baralhada. – A seguir escuto um tiro e caio no chão de terra e folhas, engasgada no meu próprio sangue. Um rosto aparece diante de mime , ainda que escuro, consigo reconhecer os traços do homem vestido de policial. É o Matt. E junto dele, aparece o meu tio Stefan.
- Stefanie... - O tom de voz de Hope, triste e receoso, obriga a Salvatore a abrir os olhos. – Essas são as memórias da mãe do Ethan, as últimas memórias dela.
