27. 𝒪 ℬ𝒶𝓁𝒶𝓃𝒸̧ℴ ☾

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Com o ar preso nos pulmões por demasiado tempo, o que acaba causando-lhe desconforto no peito, Stefanie bufa e revira os olhos ao ver o corvo preto a abrir as asas e desaparecer por entre as árvores

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Com o ar preso nos pulmões por demasiado tempo, o que acaba causando-lhe desconforto no peito, Stefanie bufa e revira os olhos ao ver o corvo preto a abrir as asas e desaparecer por entre as árvores.

Era só o que me faltava, pensa ela, colocando o arco ao ombro. Caminha rapidamente até à árvore onde a sua flecha se enterrou, com brutidão tira a mesma da casca e a guarda na bolsa atrás das costas. O que quer ele comigo, de novo?

- A sério que continuas a perseguir-me?! Pensava que já tínhamos passado dessa fase!! – Stefanie abre os braços, realmente chateada com toda aquela situação, enquanto grita na direção que o corvo, ou melhor dizendo, o Benjamin desapareceu.

A audição limitada da humana não a permite captar os passos que Rafael escuta a aproximarem-se. Botas pesadas a pisarem os galhos e folhas do chão de terra seca. O seu nariz preto e húmido fareja o ar quente. O seu pêlo arrepia-se no fundo das costas e o seu corpo reage ao cheiro de vampiro com a respiração pesada e batimentos cardíacos acelerados. A adrenalina corre agora no seu sangue, em quantidade excessiva.

É mais forte que Rafael o instinto que lhe grita para ir atrás dele e matá-lo.

- Rafael... - Stefanie avisa o lobo que avança até ela, de forma protetora. – Está tudo bem, fica quieto.

A morena tenta acalmar o animal, acariciando a sua pelagem, mas vê as garras das patas dianteiras a enterrarem-se na terra e os dentes afiados e brancos completamente arreganhados, o que faz com que fios de saliva caiam aos seus pés.

Benjamin avança lenta e descontraidamente, como se nada fosse, com ambas as mãos nos bolsos das suas calças jeans surradas, ignorando completamente o rosnar agressivo do lobisomem.

- Não será hora de comprar uma trela e um açaime para esse cachorro? Um dia ainda magoa alguém. – O vampiro diz sarcástico.

Por estar a utilizar óculos de sol, Stefanie não consegue perceber para onde o vampiro está a olhar, mas sente que é para si. A sua pele está quente e não é do sol. Stefanie não entende, de todo, o porquê de o seu corpo reagir daquela forma à simples presença de Benjamin.

O seu tio, Alaric, tem muitas teorias quanto a isso: a principal é que por já ter bebido o sangue do vampiro, talvez estejam a criar algum tipo de ligação. Contudo, Stefanie sente que não é apenas isso, há algo mais.

- O que estás aqui a fazer? – A garota suspira, cruzando os braços de forma mostrar-se indiferente à presença do moreno.

- Estava apenas a dar uma volta e encontrei-vos aos dois aqui. – Encosta a lateral do braço à árvore que anteriormente foi trespassada por uma flecha.

- Não acredito em ti, coincidência a mais e, contigo, já percebi que não existem coincidências. A Ivy estava certa quanto a isso. – Stefanie semicerra os olhos, ignorando e fingindo que os arrepios que passam pelo seu corpo não existem. Já Benjamin, encolhe os ombros. - Vocês foram avisados que enquanto o Raf estiver assim, não podem vir para a floresta. É perigoso demais.

Os Dɪᴀ́ʀɪᴏs ᴅᴇ Sᴛᴇғᴀɴɪᴇ Sᴀʟᴠᴀᴛᴏʀᴇ || LegaciesOnde histórias criam vida. Descubra agora