03. 𝒪 ℱ𝓊𝓃ℯ𝓇𝒶𝓁 ☾

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Oculta entre os pinheiros altos, com grandes copas de folhas verdes que parecem agulhas finas e longas, Hope Mikaelson observa o aglomerado de pessoas que se reúnem em frente da capela da família Salvatore

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Oculta entre os pinheiros altos, com grandes copas de folhas verdes que parecem agulhas finas e longas, Hope Mikaelson observa o aglomerado de pessoas que se reúnem em frente da capela da família Salvatore. Em suas mãos carrega o arco da melhor amiga, um objeto que a mesma amava e, se pudesse, andava sempre com ele às costas.

Uma hora antes, o corpo de Stefanie foi levado da Escola para o Cemitério de Mystic Falls, onde agora jaz dentro de um caixão de madeira de cerejeira, e onde todas aquelas pessoas se despedem dela uma última vez. A tampa do caixão está repleta de rosas vermelhas, assim como outros objetos que os familiares deixaram e que estão ligados à adolescente ou a momentos compartilhados com a mesma.

Kol Mikaelson pousa uma mão no ombro da adolescente ruiva que segura o arco com tanta força que poderá quebrá-lo sem se aperceber.

Ela não queria ter de estar ali, não por aquele motivo.

Hope não se sobressalta com o aparecimento repentino do tio, ela sentiu-o antes mesmo de aparecer.

- Nunca te perdoarás se não te despedires dela agora. Eu sei que estás com medo e é difícil, porque ires até ali e te despedires é aceitares a realidade, mas tens de o fazer por ti. Seguir em frente será mais fácil com o tempo, mas cada passo é um passo no caminho da paz contigo própria.

Hope encara os olhos castanhos do tio e assente, como agradecimento.

Os primeiros passos em frente são os que custam mais à tri-híbrida, porém, o arco prensado no seu peito. De alguma forma, dá-lhe mais coragem de avançar pelo mar de pessoas que começam a virar-se para trás. As suas botas sobre a terra e os galhos das árvores são o motivo pela qual dão por ela.

Sem baixar a cabeça ou sequer soltar uma lágrimas, Hope Mikaelson segue em frente de cabeça erguida até ao interior da capela de pedra enfeitada, com o tempo, por longas heras verdes. À medida que se aproxima da porta de madeira, as pessoas afastam-se para lhe dar espaço e criam assim um corredor.

Os olhares de pena, as lágrimas e os rostos vermelhos não passam despercebidos, mas Hope ignora-os.

Sempre odiou que tivessem pena dela. Não sou nenhuma coitadinha, pensa ela.

- Ainda bem que vieste, querida... - Freya, parada junto da porta, acaricia brevemente o braço da sobrinha.

- Vocês têm razão, eu tenho de fazer isto... - Hope murmura, vendo a família de Stefanie reunida no interior iluminado pela luz do sol e por algumas velas. – Se ela estivesse aqui, iria achar lindas todas estas rosas e as velas... - Desabafa.

A bruxa loira nada diz, não sabe o que comentar, então limita-se a mostrar um sorriso triste e a assentir.

Antes de realmente entrar, Hope respira fundo e olha brevemente para o arco.

O silêncio no interior da capela era absoluto e parece-lhe que ao colocar a bota no chão de cimento despertou todos do momento de dor individual que estavam a ter.

Os Dɪᴀ́ʀɪᴏs ᴅᴇ Sᴛᴇғᴀɴɪᴇ Sᴀʟᴠᴀᴛᴏʀᴇ || LegaciesOnde histórias criam vida. Descubra agora