LEGACIES
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⋆ | Querido Diário,
O meu mundo mudou assim que meti ambos os pés em Mystic Falls. A realidade da vida, não é nada do que eu julgava. As histórias são reais e eu descobri isso da pior forma...
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Josie Saltzman, sentada a uma das diversas mesas de madeira de cerejeira da biblioteca, aponta no seu caderno mais um dos possíveis feitiços que a ajudará a destruir a magia negra contida na ampulheta de Clarke.
No entanto, Dorian surge curioso pelo objeto peculiar que ela tem à sua frente e questiona-a sobre o que está a fazer. A bruxa explica-lhe que é apenas um trabalho que Clarke lhe deu e que, mesmo ele estando morto, quer terminá-lo.
Desconfiado que aquilo é bem mais do que ela evidentemente diz ser, a conversa dos dois é interrompida por Hope e Stefanie.
Dorian deixa as três sozinhas, afinal de contas, tem mais que fazer do que tentar interrogar três adolescentes que não tencionam partilhar com ele o que planeiam, ainda que suspeite que algo bom não é.
Uma Salvatore, uma Mikaelson e, pelo menos, uma Saltzman juntas é sinónimo de problemas. Sempre é, pensa ele.
Com o Conselheiro longe, Josie deixa claro que não precisa de ajuda de ninguém e começa a arrumar as coisas na sua bolsa.
- Josie, o meu amigo Vicent contou-me a história sobre Mora Miseriums, como detém os efeitos da magia negra e como são perigosos, caso se quebrem. – Hope tenta parar Josie, que se levanta da cadeira com a bolsa pendurada num ombro e os livros e o seu caderno prensados no peito. A morena não parece muito interessada no que Hope tem para dizer. – Olha, não podes anular a magia negra que tem lá dentro, mas podes colocar uma barreira protetora ao redor da ampulheta.
Os olhos castanhos e atentos de Josie olham entre Hope e Stefanie, sendo que a última lhe sorri cúmplice.
- E a Hope sabe um bom feitiço para isso. – Diz a dos olhos glaciares, enquanto a ruiva ao seu lado ergue o mesmo pedaço de papel amarelado que lhe mostrou, minutos atrás. – Só queremos ajudar. – Admite a Salvatore e a prima assente, dando-se por vencida.
- Vamos para o meu quarto. – Afirma Josie, virando as costas às duas e seguindo caminho.
No quarto das gêmeas, as três sentam-se no chão com tudo o que precisam para o feitiço disperso entre elas. Um lenço velho de Lizzie está estendido no chão onde a ampulheta foi pousada, bem no seu centro, rodeada por um círculo grosso de sal.
Quatro altas velas acesas estão posicionadas em cada ponta do lenço e nas quatro arestas do mesmo há um almofariz com diferentes ervas e já previamente esmigalhadas por elas.
Delicadamente, Hope sopra o fósforo que acendeu a última vela enquanto Stefanie e Josie jogam aleatoriamente as ervas à volta da ampulheta, dentro do círculo. Com tudo pronto, cruzam as mãos e, formando um triângulo, juntam as mesmas perto da ampulheta.
Fecham os olhos e as mãos de Josie ficam avermelhadas, como se tivessem incandescentes, enquanto ceifa tanto magia de Stefanie, como de Hope. Uma espécie de fumaça azul cintilante navega das mãos das garotas até pousar no cimo do objeto repleto de magia negra, caindo suavemente ao longo dos seus contornos.
