Behind the mask

Capítulo Vinte e Quatro

JOSH POV:

-Ei, vamos almoçar? O Noah já está aqui fora- Any diz pondo a cabeça para dentro da minha sala.

-Certo, me deixe apenas terminar de salvar um arquivo, por favor- respondo e em dois minutos já estamos nos dirigindo ao elevador.

-E aí, Josh- Noah e eu fazemos um toque como cumprimento.

-Hey, Noah- respondo sua fala -Onde estão as meninas?- pergunto para Any

-Ah, sim. Elas me mandaram uma mensagem dizendo que já estão no restaurante aqui em frente, acho que elas disseram alguma coisa sobre ter que conseguir uma mesa antes que todas sejam ocupadas- Gabrielly explica enquanto saímos do elevador e vamos em direção a saída para podermos atravessar a rua.

-Ah, entendi- digo simples.

Andamos alguns poucos metros e logo nos encontramos na entrada do lugar onde comeremos.

-Hey, Noah. Você pode ir na frente enquanto eu faço uma ligação rapidinho?- Any pergunta ao meu melhor amigo e segura meu braço quando tento entrar para lhe dar privacidade enquanto ela fala no celular.

Mas acho que não entendi corretamente quando ela pediu para o Urrea ir na frente, agora percebo que a cacheda deseja falar comigo.

-Claro, mas por favor, não demorem, estou morrendo de fome- dramatiza enquanto nos direciona um olhar e vai até a mesa onde a finlandesa e a mexicana se encontram.

-Oi, eu não fiz nada, juro- digo quando fico sozinho com minha secretária.

-Eu sei, bobo- ela dá uma risada fraca.

-Então por que me pediu para ficar aqui fora com você?- indago curioso.

-Bom, eu meio que te intimei a almoçar com todo mundo hoje, mas eu só queria deixar claro que se você não estiver se sentindo à vontade para comer com outras pessoas, nós podemos voltar para o escritório agora mesmo caso queira.- Gabrielly se explica -Eu ainda não sei como você me aceitou na sua vida tão fácil como algo além de ser a sua secretária, e eu agradeço por poder ser sua amiga, porém eu temo que você ainda guarde algum resquício de medo de deixar as pessoas se aproximarem. Então é por isso que estamos aqui agora. Você quer voltar para a empresa?- percebo que ela segurou minha mão enquanto dizia palavras carinhosas para mim.

Olho no fundo desses olhos castanhos pertencentes a pessoa que tem me cativado esmagadoramente, me permito sentir tudo que venho reprimindo nos últimos meses.

Sinto toda a eletricidade correndo por meu corpo, percorrendo minha corrente sanguínea, corroendo de maneira arrebatadora todos os meus suspiros e batimentos do meu coração.

Nossas palmas juntas, o toque suave e quase melodioso que seu polegar faz sob as costas da minha mão, o calor que sua pela transmite para minha e a minha transmite para sua. Será que ela também consegue sentir?

Deixo que meu corpo inteiro sinta as batidas lancinantes do meu estúpido coração, a maneira com que ele salta no meu peito, causando um rebuliço logo abaixo, onde é possível sentir um bando de borboletas dançando por meu estômago.

Mas o que me chama mais atenção, é a forma como as palvras dela me deixam. Any pode não perceber ou se percebe nunca comentou nada, mas a maneira doce e delicada que ela conversa comigo, o jeito que ela não tem vergonha de transparecer sua preocupação comigo.

Neste instante, olhando em suas orbes da cor de chocolate, ouvindo ela abrir mão de um momento com pessoas que ela ama, só para que eu possa me sentir bem, percebo que estou me apaixonando por Any Gabrielly.